A banalização da virgindade

O ato consumatório do amor, é hoje, banalizado. Na atualidade o sexo é praticado irresponsavelmente sem limites, sem coerência e sem nexo. A tempos atrás, a virgindade era o maior tesouro que uma pessoa possuía, ainda mais sendo esta do sexo feminino. A pureza era marca registrada da boa conduta e do preparo para o exercício do sacramnento do matrimônio. Era a concretização dos sonhos de levar a vida sob a ótica dos valores da retidão e da moral.

Hoje é preocupante a atitude banal dos jovens, quanto a virgindade. Riem e fazem gozações dos que vivem ainda em continência absoluta. Em seus quatorze, quinze anos, vêem-se totalmente bombardeados por incontáveis xacotas e cobranças. Atualmente o ter status em seu grupo, é algo de fundamental importância para os jovens.

Pais, educadores e pessoas com maior experiência, não conseguem vencer a força do estar na onda, do ser, do fazer parte do que é e do que acredita ser a maioria. Incurtir valores morais, implantar a necessidade de se preservar, de amar-se e respeitar-se é algo quase impossível. O respeito ao corpo, como sagrado, é um sentimento inexistente entre os jovens.

Talvez pela crescente liberdade a que possuem, e pela oportunidade de fazerem suas próprias escolhas e consequentemente, por não lhes serem impostos limites, não se conscientizam de que tudo tem o seu tempo, a sua hora e o seu momento para acontecer. Não entendem e custam a aceitar que o atropelamento do tempo gera consequências doloridas.

A precocidade com que ingressam na vida sexual, a falta de preparo emocional e a pouca ou inexistente experiência, podem causar traumas e frustrações que criarão barreiras para o resto de suas vidas. Tão importante como não atravessar a rua sem olhar os dois lados, é atirar-se numa relação sexual precoce.

A partir do momento que passa-se pela experiência sexual, ocorre uma metamorfose, tanto físico, emocional, bem como também é claro, uma mudança espiritual contundente. O que é para ser algo, inteiramente divino,passa ser algo intrínsecamente egocentrista e ínfima.

A correria da vida hoje, gera menos tempo para tudo, o que é algo desastroso, com certeza. Cada dia que passa mais solitários e desamparados, sentem-se os nossos jovens.Daí a necessidade gritante dos mesmos, em formar grupos, em partirem para novas experiências. Tudo no intuito de preencher o vazio que sentem. A velocidade do tempo acelera o metabolismo, a ansiedade e auxilia os jovens a desejarem a vida adulta. Sem a tranquilidade para ocuparem suas mentes e seus corpos em atividades voltadas para as suas respectivas idades, tendem a pular etapas e a agirem impulsionados mais pelos apelos de uma sociedade que cobra e impõem condutas de comportamento.

A virgindade encarada como uma coisa vexatória é no mínimo a quebra de valores imprescindíveis para a conduta correta de uma sociedade que se forma a cada dia. Nossos jovens perdem-se diante de meios de comunicação visual,que lhes apresentam uma vida de prazeres e descobertas, de orgias e facilidades encantadoras, mas que na maioria das vezes é uma falsa felicidade, um prazer mascarado.

Maior que a banalização do ato sexual em si e da grandiosidade de se resguardar para o momento certo, é banalizarem os avisos que lhes cercam diariamente, tonando-se alheios aos conselhos que lhes são repassados. Infelizmente, não pensam num amanhã, tampouco vêem a virgindade como um ato de beleza e sim como um fato depreciativo.

Cabe a nós pais,educadores e pessoas inseridas nos meios de comunicação, jorrar sobre nossos jovens os valores que nos tornam seres racionais e que nos diferenciam dos animais irracionais.

Não entramos no cio,,, e sim na paixão... no descobrimento do amor, que é concretizado numa entrega de corpos, almas e corações.

milizinha
Enviado por milizinha em 25/02/2008
Reeditado em 19/05/2011
Código do texto: T875324
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