QUANDO OS QUE AMAMOS PARTEM

QUANDO OS QUE AMAMOS PARTEM

Toda partida nos causa um “que” de tristeza, pois passamos a conviver com a ausência do ser amado e, em tudo ele está presente, em forma de saudade, entretanto o nosso coração sabe que a cada partida ocorre um regresso que é a razão de nossa esperança.

Partidas e regressos são a tônica da vida, entretanto existem partidas que destoam dessa tônica e os seres amados partem para não mais voltar, deixando atrás de si o vazio da presença, a certeza da não volta, a sensação do fracasso de nossa existência.

Culpas e desculpas anuviam nossos corações sobre tantos interrogativos: Fizemos o que estava ao nosso alcance? Porque não fizemos isto ou aquilo? Será que ele recebeu de mim todo o respeito, a admiração e o amor que esperava? Tudo isso angustia e nos enche de remorsos.

O tempo que é o remédio para todos os males se incumbe de sarar as feridas que a separação produziu e, somente os bons momentos ficarão alojados na retina e coração de cada um.

O perdoar-se a si mesmo, a conscientização de que fizemos o que nos foi possível é também o grande remédio para sanar as mágoas e a concluir que o dever foi cumprido.

A saudade, dom que o Senhor colocou em nossos corações tem o condão de trazer de volta à memória lembranças significativas daqueles que um dia ajudaram a construir nossa história pessoal e que passaram a fazer parte da grande história que o tempo se propõe a escrever.

JOSE BENEDETTI NETTO

jose benedetti netto
Enviado por jose benedetti netto em 25/02/2008
Código do texto: T875089