ABANDONO
ABANDONO
Triste palavra que diariamente está inserida nos meios de comunicação e que tanto tem constrangido a humanidade.
Desde o nascimento com vida e mesmo depois de todas as fases da vida, o ser humano é vitima da triste, inexorável e angustiante: abandono.
Quanta tristeza nos causa, o abandono de mães que num gesto tresloucado, abandonam seus filhos recém-nascidos, deixando-os à mercê da sorte de serem encontrados.
É angustiante termos de conviver com o abandono diário que são submetidos jovens, idosos que sendo rejeitados do seio da família, vivem à margem da sociedade, perambulando e muitos com mãos estendidas, a procura de um gesto de atenção, carinho e fraternidade que a eles lhe foram negados.
Até no mundo animal preocupam-se os poderes constituídos para que nada os faça perecer sob a calamitante forma do abandono.
Se cada um de nós tivesse na alma resquícios de bondade, fraternidade, amor ao próximo, estaríamos diminuindo o flagelo inquietante do abandono.
Curitiba, 25/2/2008.
Dinah Lunardelli Salomon