CHUVA, POEIRA E CRÉU

CHUVA, POEIRA E CRÉU !!

MILTON LOURENÇO

24/02/2008

O que dizer do meu ex-time. Não me lembro quando (e nem quero), mas já torci pelo Fogão. Quando se é jovem a gente, às vezes comete alguns erros. Ainda bem que mudei a tempo e como diz o hino: ... uma vez Flamengo, sempre Flamengo... (até morrer).

Por isso, por mais que eu tente, para mim não é tão fácil escrever contra o time do Balão Japonês. Prefiro falar contra os times de São Januário, das Laranjeiras, etc...

Fazer o que ?? Vamos pelo menos tentar.

A semana foi tranqüila sem nenhum créu, A grande maioria da meia dúzia de Botafoguenses é realista e não canta vantagem antes, e às vezes, até mesmo depois do jogo.

O créu no Pó-de-Arroz e no Bacalhau intimidou o Alvinegro mais assanhado.

Não era hora de se arriscar e entrar na onda e acreditar na grande ajuda da torcida dos vascaínos tricolores. Que só aparece quando o Flamengo disputa qualquer final.

Nem o temporal que caiu sobre Porciúncula, e que deixou os moradores com uma AMPLA falta de energia antes do jogo impediu de ver a poeira levantar no Maracanã e a Nação Rubro Negra ir ao delírio com a merecida vitória do Mengão.

Não teve jeito: se Deus é brasileiro. São Pedro é Rubro Negro, e momentos antes do jogo a energia voltou para mostrar um jogão de bola, digno de uma final.

O Mengão começou melhor, buscando a vitória logo no começo do jogo.

Na metade do primeiro tempo o time da Estrela Solitária cresceu e passou a dominar a partida, conseguindo o gol numa bobeira geral do time da Gávea.

O gol deu alegria aos vascaínos e tricolores. Isso mesmo!!! Bacalhau e Pó-de-Arroz vibraram diante das muitas televisões espalhadas pelos bares da cidade. Parecia que o jogo era contra o time deles. Até alguns tímidos fogos foram ouvidos.

Com certeza não era coisa de Botafoguense. Pelo que conheço (e vejo) eles não se arriscariam tanto entes do apito final. Só podia ser coisa de algum créu encubado.

No segundo tempo a pressão Rubro Negra foi intensa até sair um discutido pênalti, que para muitos vascaínos tricolores não existiu.

O melhor do Brasil não tem culpa de ter a maior torcida do Brasil (e do mundo), também não tem culpa se nessa torcida tem algum árbitro Rubro Negro escolhido pela FIFA.

O Fogão não tem culpa se créu no time dos outros é refresco. O azar alvinegro foi fazer a final contra um time que quando chega na final levanta poeira e vence.

Até que o técnico CUCA (aquele que parece com o Marquito do Ratinho) fez o que pôde, colocando o contundido Jorge Marrento Henrique, sósia de Romário. Não adiantou. E o jeito foi se contentar com o segundo lugar na Taça Guanabara, pois vice é coisa de outro time.

O azar do CUCA foi que a Estrela Solitária não brilhou. A estrela que brilhou foi a do Joel Santana que colocou o Diego Tardelli só para marcar o golaço da vitória.

E para aqueles maldosos que afirmaram que o árbitro era do Flamengo eu só lamento e digo que nessa final até a trave foi Rubro Negra ao tirar o gol do Fogão no último minuto.

O tão esperado créu só apareceu no final do jogo quando o Mengão levantou poeira com chuva e tudo.

Na final Mengão é Mengão e mesmo na chuva a poeira levanta e o créu é certo.