MEUS PASSEIOS A SÃO LUIS DO MARANHÃO

Eu acalentara por muitos anos um desejo de menina: conhecer S. Luis do Maranhão. Em dezembro de 2005, tomei providências para realizar o meu desejo em janeiro de 2006, eu já estava com quarenta anos e em toda minha existência nunca fui muito chegada a viagens. Isto deve haver relação com o medo de avião que sinto até hoje.

Para programar a viagem corri para a internet, Fiz muitas pesquisas buscando pousadas e hotéis com boa localização, principalmente, bons preços. Aos poucos fui conhecendo nomes e me familiarizando com eles: Ponta de areia, S. José de Ribamar, Praia da Raposa, Lagoa da Jansen, Calhau, o Centro Histórico, todos os lugares belíssimos que refletem a cultura de um povo.

Programei viajar por estrada, minha companheira, nesta viagem era minha amiga/filha Luisa,o percurso que seria de 12 horas, por causa das péssimas condições da estrada, foi feito em 16 horas.Tudo correu, maravilhosamente, bem.

Ficamos hospedados em um hotel bem familiar na rua das Angélicas, na praia da Ponta d’areia, que eu havia encontrado através da internet e reservado pelo telefone, até já havia pago o hotel.Sem luxo,porém,muito aconchegante, parecido com nossa casa, altos e baixos, frigobar, ar condicionado, suíte e piscina nos fundos do hotel, estilo residência mesmo, café da manhã bem básico, porém muito gostoso, tudo a contribuir para uma boa receptividade.

Era comum sairmos para a praia logo cedo, pois, era ali pertinho, não voltávamos para o almoço,, todas as refeições eram feitas fora do hotel, comíamos bom e barato, e sempre a cada dia num local diferente.

Fizemos várias visitas ao Centro Histórico, estar lá me lembrou muito minhas raízes portuguesas, casas com fachadas azulejadas, museus e artesanatos, tudo me lembrava os lusos.Estava eufórica com tudo o que via, com os belos passeios que eu e Luiza fazíamos, porém, em dado momento Luiza, por preguiça ou cansaço, não quis mais me acompanhar, fiquei triste, pois se ela não fosse eu não iria.Nesse dia íamos até a Praia do Calhau, depois à contra gosto Luiza foi, valeu a pena , comemos num restaurante à beira mar, tiramos fotos, foi um passeio inesquecível...

Muito vento, praias que se misturam na paisagem com luxuosos hotéis, contrastando com casinhas de pescadores humildes da região, no ônibus lotado, se misturam turistas e moradores que todos os dias seguem a mesma rotina indo para o trabalho, sentimos de maneira acirrada como S. Luis é bem diferente de nossa querida Belém.

Uma noite, Luiza convidou-me a ir num restaurante japonês, situado às proximidades, do Hotel Tia Maria, onde estávamos hospedadas.Este, não era tão popular quanto os outros que freqüentávamos...Pagávamos uma determinada quantia e tínhamos direito de ir à mesa nos servir quantas vezes quiséssemos.A cor e a decoração eram muito interressantes: vermelho, cadeiras em estrutura de alumínio, jardins e plantas do tipo palmeiras espalhadas por todo o cenário,local magnífico, presente também nas fotos que tiramos...

No mercado Central, várias especiarias, desde o camarão até a cachaça. Uma pequena garrafa com o precioso líquido dentro um caranguejo espremido na garrafa, muito interressante. Que em Belém serviu de piadas e perguntas do tipo: como um caranguejo entrou na garrafa???Um tanto curioso.

Realmente, um local maravilhoso, digno de ser visitado e catalogado como uma das capitais brasileiras, com belos cenários, impregnados de história, magnífico clima e esplendida paisagens.

Um dia voltarei lá! Espero que seja breve!

(Luiza é um amor e dedico esta crônica a ela, saudades)

Baseada em fatos reais