A VIDA HUMANA
A VIDA HUMANA
É bom frisarmos: que as histórias de vida são responsáveis pelas formas de responsabilidades humanas, mas da mesma maneira que formam personalidades deformam-nas em boa medida. Jesus é o Sublime semeador do planeta e a humanidade é a lavoura de Deus em suas Divinas mãos. A nossa vida social é tão pragmática e agitada, que os seres humanos estão ansiosos por atenção: querem ser ouvidos. A realidade é que, os que estão num patamar mais alto, não têm paciência e tempo para escutar os irmãos de caminhada existencial. A vaidade conduz, apressadamente, a loucura. Temos inúmeros irmãos sofrendo em hospitais psiquiátricos, na realidade esses estão necessitados de um atendimento médico melhor acompanhado de um tratamento espiritual sério. O tratamento espiritual sério é aquele feito por amor e não exige pagamento em dinheiro, e sim que o paciente tenha fé. A maldade encontra sempre a casa escura do crime. A ignorância constrói a miséria. A cólera da origem à congestão e à apoplexia. Aqui fazemos uma ressalva sobre a ignorância: ela tem sentido de melhor educação e não brutalidade. As relações entre seres humanos, numa sociedade materialista, tendem a seguir o caminho da grosseria e até o de agressões.
A agressão física e moral não nos levam a nada. A felicidade pode surgir num momento de exasperação, desespero, e encontrar alguém de bom senso que transmita palavras de amor e generosidade, serão momentos felizes. Aquele que pratica a caridade por amor, sempre regando e procurando curar as feridas da alma, merecem toda nossa gratidão e carinho. Vejam a que estamos sujeitos: a tristeza prolongada deixa na alma o cupim das moléstias indefiníveis e o vício seja ele qual for será uma fonte geradora de monstruosidades. É trágico, doloroso, humilhante vermos todos os dias, jovens sendo recolhidos as mais diversas delegacias, por consumo e tráfico de drogas, pela embriagues, pelo furto e roubo, pelos assassinatos, pelos seqüestros e outras mazelas que transtornam os que praticam e entristece os que recebem. Os atos e hábitos deploráveis trazem a antipatia em torno de quantos a eles se afeiçoam. Emmanuel cita muito bem essas nuanças prejudiciais aos seres humanos. Nosso confrade Regis de Morais em boa hora diz: “A vida é um caminho”, ensinava o sábio chinês Lao-Tsé bem antes da era cristã.
Somos peregrines neste mundo, e ninguém pode caminhar o meu caminho em meu lugar, assim como ninguém pode sentir a minha dor por mim ou morrer por mim a minha morte. O máximo que podemos é ser bons companheiros de romagem, partilhando alegrias e sofrimentos – comendo do pão repartido. Assim, vemos que sermos peregrinos é uma condição, e não uma condenação; pois, se nesta experiência reencarnatória podemos, buscando Jesus, contar com verdade e vida – e com vida em abundância – vemo-nos contemplados com bela oportunidade existencial. Afirmamos em nossas conotações que a violência, a ganância, o orgulho, a ambição por dinheiro são doenças da alma, e a única solução para dizimarmos essas nuanças negativas é o amor ao Pai Maior (Deus) e nosso irmão querido Jesus. Deve ser ato realizado com amor e fé, pois da boca para fora de nada valerá. Se assim procedermos (da boca para fora) continuaremos no fundo do poço, alagados, enlameados, sujos, sem fé, sem amor, e nos deixaremos levar pelo mal em detrimento do bem. Iremos com certeza aniquilar o livre-arbítrio que Deus nos deu.
ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE