A QUESTÃO EVANGÉLICA

Essa questão de discutir religião se constitui num tema um tanto quanto idiota, pois as pessoas são livres e podem escolher os dogmas que lhe pareçam mais condizentes com a sua visão introspectiva no mundo da crença. A própria Constituição Federal assegura o direito à crença e à fé, dando o livre arbítrio à cada pessoa para decidir sobre qual igreja ou filosofia religiosa que deve adotar como meta para engrandecer seu espírito.

É inquestionável, porém, que hoje instalou-se no Brasil um fenômeno quanto à forma de crença das pessoas, pois as igrejas evangélicas têm proliferado de uma forma eloqüente, a ponto de instalar-se um templo em cada bairro das mais diversas facções religiosas e voltadas para o tipo de evangelização que permeiam as interpretações da bíblia, gerando a abertura de igrejas evangélicas nas mais diversas exegeses, cada criador constituindo um título próprio, como entidade civil, já que cada uma delas tem uma denominação distinta.

Lembro-me que na minha infância e em minha cidade do interior, a única igreja evangélica que existia era a Igreja Batista. Não sou a pessoa certa para analisar essa questão, por não ter maiores informações estatísticas sobre a evolução das igreja evangélicas, mas o conhecimento cotidiano me leva a constatar que essas igrejas têm expandido de uma forma acelerada, tanto em quantidade como em qualidade, sob o ponto de vista do adepto e dos patrimônios ou imóveis que ostentam os templos das igrejas evangélicas.

Não tenho a pretensão de ferir a sensibilidade das pessoas que fazem a opção da igreja evangélica, por ter consciência que as pessoas são livres para freqüentar o templo que melhor lhe convier. Aliás, nenhuma igreja pode ser considerada melhor ou maior que a outra. O que importa nesse contexto é o fim almejado pelas pessoas (amparo na crença em Deus), já que a igreja é apenas um meio para se chegar a esse fim.

É evidente que cada templo tem as suas peculiaridades e além da fé precisam organizar-se como entidade de personalidade jurídica própria, no entanto, inegavelmente, algumas igrejas têm evoluído de uma forma mais contínua no que diz respeito a adesão dos fiéis, como também de seu patrimônio material. Essa lógica está diretamente ligada à carência das pessoas dentro do contexto financeiro e social do País, já que o cidadão não encontra amparo afetivo no mundo social selvagem de hoje e carece de dificuldades de toda a natureza e como o Estado não oferece oportunidade à todos, muitos são obrigados a procurar abrigo nas instituições que lhe protegem tanto afetivamente (com a crença em Deus) como também no aspecto material. Assim, as igrejas evangélicas também têm contribuído com a sociedade no sentido de produzir pessoas mais felizes e menos rancorosas com o sistema nefasto que o contexto social impõe.

Aqui em minha cidade, recentemente, foi inaugurado um templo de uma igreja evangélica que é considerado um dos maiores da América Latina, pois segundo os noticiários da imprensa pode abrigar cerca de cinco mil pessoas. No dia da inauguração passei pela avenida que dá acesso a esse templo e tive a oportunidade de constatar que muitas pessoas para ali se dirigiam, ansiosas e apressadas, para terem parte na inauguração. Essa constatação é mais uma evidência que os pastores, de uma forma geral, estão se preparando para cada vez mais apregoaram seus princípios religiosos de forma que as pessoas estejam agregadas a esses princípios e possam com isso alcançar o que desejam; que é a paz interior.

Como estamos (graças a Deus) num País livre e democrático, só temos a enaltecer às pessoas que procuram a religiosidade para alcançar plenitude e paz e creio que as igrejas evangélicas, muito embora tenham alcançado críticas de alguns, também fazem parte de um grupo dileto que realiza relevantes serviços sociais à Pátria brasileira, pois apesar de todas as celeumas existentes em torno de sua estrutura de funcionamento, estão levando as pessoas para um cotidiano mais acalentado pelo amor e pelos princípios norteadores do bom senso e do respeito pelo semelhante.

Machadinho
Enviado por Machadinho em 21/02/2008
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