ABAIXO OS FLANELINHAS!!

O nosso País tem nas mãos um grave problema com premente necessidade de solução: refiro-me aos assim chamados flanelinhas, uma verdadeira onda de desempregados encostados pelas ruas, num movimento de acomodação e (des)cidadania que vem se alastrando de forma descontrolada e, creio, irreversível. São pessoas que, no meu modesto entender, praticando esse tipo de “atividade” indesejável, nada produzem para a sociedade, não querem trabalhar porque sentados em algum lugar do centro podem “ganhar” mais do que ganhariam se estivessem empregadas, por isso não querem outra vida. Por conseguinte, eles não dão qualquer passo para sua cidadania, certamente não estudam e, abanando suas flanelinhas apara cada motorista que avistam, vão tomando posse de grandes extensões destinadas aos carros. Lá, eles mandam e desmandam e ninguém faz nada, diz nada, impede nada. Acuados, os motoristas temem deixar seus transportes nas imediações ou, se o faxzem, são obrigados a pagar por uma vaga a que tem direito porque paga o IPVA e demais taxas e impostos para circular e estacionar qm qualquer área permitida pela legislação de trânsito.Já os mencionados flanelinhas, sem patrão, sem horário, dono do próprio nariz, mas sem contribuir em nada para o progresso da Nação, vão se apropriado dos estacionamentos públicos sem qualquer problema, olhando com cara feia para quem ousar não deixar a gorjeta. Alguns, mais atrevidos, cobram valores estipulados por eles mesmos. Embora toda regra tenha exceção e sabemos disso de cor e salteado, os flanelinhas são arrogantes, grosseiros e, muitas vezes, perigosos. Sim, perigosos porque se o dono do carro estacionado não “pagar” para deixar seu carro ali o pretenso “dono do pedaço” pode arranhar o precioso e caríssimo bem, secar ou mesmo furar os pneus do carro. A coisa encontra-se de tal maneira já incontrolável que, segundo dizem, eles cometem violência entre si para não perder o ponto demarcado como seu. Alguns chegam mesmo a matar para conservar o espaço que ele considera de propriedade particular, seu espaço de “trabalho”, tremendo absurdo a prejudicar quem tem o sagrado direito de estacionar onde lhe for permitido por lei nas ruas da cidade.

Há que ser feita alguma coisa para a proteção de quem circula de carro pelas ruas e deseja estacionar nas proximidades dos lugares para onde si dirige com as finalidades corriqueiras. Porque se quem quer que seja parar seu automóvel em qualquer dos diversos pontos diferentes do centro da cidade encontrará em cada um deles um flanelinha. E todos, sem exceção, “cobrarão” uma graninha para “olhar” o automóvel. E já encaram o cidadão no carro com um certo ar de superioridade, de dono da rua, talvez até vomitando ameaça nas entrelinhas de suas gírias. É irritante, sem dúvida, e paira sobre nós o indefectível desconforto de não ter a quem apelar para que haja um fim nessa extorsão velada. Quando vai deixar de existir flanelinhas nos logradouros públicos? Quando poderemos estacionar livremente nossos carros nos locais permitidos por lei sem tremer diante de um desocupado com uma flanela na mão? Uso o termo desocupado porque não existe na Legislação Brasileira a profissão de flanelinha. E se existisse, quem seria o patrão? Seríamos obrigados a pagar mais esse imposto para aqueles ociosos sentados nas. O pior é que muita gente acostumou mal tais pessoas. Sim, já vi motoristas ficar procurando o flanelinha, aos gritos, para entregar-lhe a “gorjeta” ou o “pedágio” eu diria melhor, enquanto o cara está distante, de costas, fumando e rindo com os pariceiros. O referido motorista não sossegou até que ele, quando quis, virou-se e, andando todo displicente e faceiro, sem pressa, foi receber o dinheiro. ABSURDO! Então a coisa foi crescendo estupidamente até o ponto em que atualmente se encontra. E agora? Por que não fazemos como a Prefeitura de Gramado, no RS, que não permitiu de jeito nenhum a proliferação de flanelinhas? Gramado talvez seja a única cidade brasileira sem essa praga social. O restante do Brasil, contudo, está sendo obrigado a conviver com esses malandros, que não querem estudar, nem trabalhar, nem produzir algo decente para o País preferindo a vagabundagem paga em virtude do medo que nos atormenta. Deixo meu protesto diante do silêncio das autoridades responsáveis pelo problema. E grito: ABAIXO OS FLANELINHAS!!

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 20/02/2008
Código do texto: T867393
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