Ponto Final

O sol não quer saber de nada, está lá sempre, alto no céu ao meio dia. Ilunina, aquece, desafia, intimida algumas almas mas não a minha.

Nos pés, o chão ainda úmido de chuvas que não pareciam parar mais , na verdade, que acabaram de parar faz meia hora e que espera o sol para voltar a ser chão, pó, terra, a verdade de sua essência.

Aprendendo as lições da natureza, assim também sou eu, uma alma cujo sol veio aquecer, iluminar, restaurar a própria natureza e desafiar a fazer as coisas novamente, a dedicar sentimentos, a vivenciá-los sem medo, seja do que for.

Como a terra úmida, meu coração já sente o sol penetrar-lhe os meandros escondidos, os recortes sem luz e nem calor para poder novamente seguir em frente, fazer com que meus pés tímidos voltem a andar e minha alma se reacenda pelo único motivo de que a vida não pára, que novos momentos de viver estão aí e não podem ser desperdiçados.

Finda a chuva, colocado um ponto final, reconstruindo outros horizontes, assim sigo o meu caminho , em paz.

André Vieira
Enviado por André Vieira em 19/02/2008
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