UM GRANDE DEPOIMENTO

UM GRANDE DEPOIMENTO

O depoimento pode ser simplesmente o ato de depor e aquilo que as testemunhas depõem. Um verdadeiro testemunho. Temos inúmeros tipos de testemunhos: os voluntários, os espontâneos, o histórico, o de fé entre muitos outros. Convém salientar que O testemunho é diferente da biografia porque, enquanto esta escolhe contar uma vida por seu interesse de caráter individual e singular, aquele reconstitui a história de um ou mais sujeitos escolhidos pela relevância que eles possam ter num determinado contexto social. Mesmo que seja preciso a ponderação no uso dessas duas frases na defesa do vínculo entre testemunho e “verdade”, e, portanto da impossibilidade de representar o horror, sustenta-se sobre uma interessada confusão entre dois conceitos: vivência e experiência. A vivência é o fato de ter vida, de viver; existência, experiência da vida, o que se viveu e a situação, modos ou hábitos de vida. A experiência tem uma sinonímia mais vasta e bem delineada. Ato ou efeito de experimentar, experimento, experimentação, prática da vida, habilidade, perícia, prática, adquiridas com o exercício constante duma profissão, duma arte ou ofício, prova, demonstração, tentativa, ensaio, experimentação, conhecimento que nos é transmitido pelos sentidos, conjunto de conhecimentos individuais ou específicos que constituem aquisições vantajosas acumuladas historicamente pela humanidade. “Não posso fazer o bem porque me faltam recursos. Eu até gostaria, mas não posso sair de casa. Não fossem os problemas com minha saúde, praticaria o bem. Pena que eu não tenho tempo. Essas e outras tantas explicações são freqüentemente utilizadas por nós, tentando justificar nossa comodidade. Contudo, quando as coisas se complicam, quando a dor bate forte à nossa porta, quando a angustia se aloja em nossos corações, depressa descruzamos os braços, arranjamos tempo e agimos”. É a velha desculpa das pessoas sem coração, sem amor e quem não valor a vida do próximo.

Meus irmãos - lembremos que o bem está sempre à nossa espera, à nossa frente, escondidos em cenas simples do cotidiano: São coisas maravilhosas e nos fazemos de cegos para melhor passarmos. Um sorriso, uma palavra amável; um gesto de paciência; um bom conselho; uma frase de encorajamento; uma visita a um doente; um asilo; orfanato ou um encarcerado; o perdão das ofensas; o desprendimento dos bens terreno sem favor dos necessitados; a disponibilidade para ouvir um desabafo; o calor diante das ofensas; uma prece pelos que sofrem; uma comida feita com carinho; o ato de brincar ou estudar com uma criança; um pouco de companhia para os solitários; a solidariedade nas horas difíceis; a mão amiga. Vejam quantas ações feéricas se transformam em pequenas palavras, como o amor, a caridade, a fraternidade e respeito ao próximo. Temos um excelente exemplo na Parábola do Bom Samaritano. A caridade não significa jogar ou dar uma moeda a um ou mais pedintes, ou dar um pão velho, mofado a quem nos bate a porta. Muitas vezes, quem nos pede o dinheiro ou nos implora o pão, ficaria mais satisfeito com uma palavra amiga, com um minuto de atenção. Você costumar dar esmola? Essas nuanças podem causar reversão de personalidade, visto que nem todos que pedem são para saciar a fome e sim para continuar com o vício da bebida e para ele somente o vil metal interessa. Um dos maiores desafios para nós, seres humanos, é a noção do limite. Existe limite para todas as coisas e tudo demais é veneno. Tudo na vida encerra uma lição. As pessoas que aparecem em nossa existência não vêm até nós por acaso. Se ficarmos no dilema em determinadas situações, não poderemos ser cobrados pelo que não nos foi claro.

O coração muitas vezes nos alerta de quem está necessariamente carente e precisando de uma ajuda e de uma mão amiga. Para Deus, nossa ação é sempre válida. Antonio Monteiro de Souza um homem de bom coração nos mostra algumas nuanças que devem praticar em nosso dia-a-dia. Que seria de nós se não tivéssemos a razão? Movidos apenas pelo instinto, seríamos trucidados pelos animais, pois, dentre eles, não somos os mais fortes. A inteligência, o raciocínio nos conduz a verdade, mas temos que usar o livre-arbítrio dado por Deus, sempre a favor do bem. Existem muitos irmãos carentes e é deles que deverá partir a centelha da caridade para amenizar o sofrimento desses seres que são iguais a todos nós, porém discriminados por muitos.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 17/02/2008
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