<< O AUTOR ANÔNIMO >>
Estes dias atrás, fui a Cidade onde adquirimos um casarão antigo uns sete anos passados, que hoje encontra-se solitário, habitado apenas pelo pó do tempo e alguns gatunos que quando em vez adentra para confirmar o vazio interior. Ao fechar o portão, chegou até mim um senhor amigo, simplório de cultura e posse, iniciando uma prosa.
- E ai doutô, sumido, não vem mais pelas estas bandas...
- Não com muita frequência amigo.
- Sinto falta de nossa prosa, aprendi muito..
- Realmente amigo, eu também, mas sabe!!! temos que correr.. o tempo passa e não espera...
- É douto, o sinhor tem muito que fazê, e eu tô no fim de era... só observo os nomes dos companheiros que estão indo para o outro lado..
- Amigo, a idade é bela, cheia de sabedoria, aprendi muito com o senhor..
- Brigado doutô, senho lembra do livro que falo pra mim lê, li tudinho, escritinha grande e pequinita, mas tenho uma pregrunta pra faz. Não entendi quem é um tar de anônimo que fala no verso, procurei e não achei nadica de nada sobre o dito..
- Pensei primeiro qual foi o livro, não consegui lembrar-me, então indaguei, me explique direito o assunto..
- serguinte, doutô, tem umas prosinhas escritas e no finar tá lá o escunjurado de anônimo, ele deve ser muito importante tem mais de 100!!!
- Cai na risada, abraçei o caboclo e falei amigo, o livro que te emprestei era de uma coleção de frases e poesias sem autor, então todas eram de autores desconhecidos ou seja, ANÔNIMOS.
- Vixe doutô!!!, então tá danado, eu tarva lendo o danado do livro na praça e o pessoar me pergruntando de quem era o bendito eu espaiei pra todo mundo que era deste tar de ANTÔNIMO!!!!, agora dane, ninguém vai achar mesmo, os cumpanheiros são tão letrados quando um uma jerica grávida!!!! êta turma de jerigote!!!