PETIT
Petit é a gata que vive na minha casa. Ela não é minha, não foi herdada, nem adotada. Ela é simplesmente uma gata que vive na minha casa.
Seus donos, que aqui moravam, antes de mim, não a levaram para a Suíça, para onde voltaram.
Portanto Petit é uma gata abandonada, relegada e esterilizada, deixada ao Deus dará.
Quando pra cá viemos, juntamente com irmã e cunhado, eles trouxeram também uma gata - a Sheeninha -, uma siamesa velha, desdentada, cansada e alquebrada que, mal entrando na casa, botou a Petit pra correr.
E a gata, que era a dona da casa, aquela que havia ficado, num "esqueceram de mim" animal, teve que se contentar e morar nos telhados daqui e dos vizinhos.
O interessante é que nesta história há também um labrador, que veio com meus parentes e, que, obedecia cegamente às ordens felinas da Sheeninha, que volta e meia, atiçava o cão na pobre e abandonada Petit.
Bem que o Apolo tentou fazer amizade com a Petit, num dia que ficamos nós três, pois meus parentes foram viajar e levaram a Sheeninha.
Mas Petit que já vivia escorraçada, afugentada, perseguida e desconfiada, não acreditou na tentativa de amizade do Apolo e tascou-lhe um tapa no focinho.
O ódio canino que já existia, triplicou com este triste incidente, de tal forma que Apolo não podia sequer ouvir o nome da gata - ficava raivoso, ele que é um cão de natureza pacífica, amistosa e familiar.
E assim, o tempo passou nesta pendenga, com Petit, que se tornou aérea, pois aqui, neste espaço, ela não vivia no chão, e até de quem a alimentava, na maioria das vezes, ela corria.
E então aconteceu um fato lamentável. A Sheeninha, que já era anciã, arranjou namoro e engravidou, e aí, não obstante, tenha sido cercada de mil cuidados, - após o parto, onde nasceram cinco filhotes, - ela veio a morrer, com complicações advindas da idade avançada, num parto de considerável risco.
Com a Sheena morta, o campo parecia estar favorável para a pobre Petit, que do alto observava todo o movimento da casa, principalmente os passos do Apolo.
E, como na cena do Pequeno Príncipe e da Raposa, Petit foi conquistando seu espaço, cativando a todos, inclusive o Apolo, que, pasmem, está dividindo com ela até a bóia!
Hoje, ela realmente ocupa o lugar que sempre foi dela nesta morada e, posso afirmar com certeza, que agora eu tenho uma gata, e o nome dela é Petit.
Vinhedo, 15 de fevereiro de 2008.
Petit é a gata que vive na minha casa. Ela não é minha, não foi herdada, nem adotada. Ela é simplesmente uma gata que vive na minha casa.
Seus donos, que aqui moravam, antes de mim, não a levaram para a Suíça, para onde voltaram.
Portanto Petit é uma gata abandonada, relegada e esterilizada, deixada ao Deus dará.
Quando pra cá viemos, juntamente com irmã e cunhado, eles trouxeram também uma gata - a Sheeninha -, uma siamesa velha, desdentada, cansada e alquebrada que, mal entrando na casa, botou a Petit pra correr.
E a gata, que era a dona da casa, aquela que havia ficado, num "esqueceram de mim" animal, teve que se contentar e morar nos telhados daqui e dos vizinhos.
O interessante é que nesta história há também um labrador, que veio com meus parentes e, que, obedecia cegamente às ordens felinas da Sheeninha, que volta e meia, atiçava o cão na pobre e abandonada Petit.
Bem que o Apolo tentou fazer amizade com a Petit, num dia que ficamos nós três, pois meus parentes foram viajar e levaram a Sheeninha.
Mas Petit que já vivia escorraçada, afugentada, perseguida e desconfiada, não acreditou na tentativa de amizade do Apolo e tascou-lhe um tapa no focinho.
O ódio canino que já existia, triplicou com este triste incidente, de tal forma que Apolo não podia sequer ouvir o nome da gata - ficava raivoso, ele que é um cão de natureza pacífica, amistosa e familiar.
E assim, o tempo passou nesta pendenga, com Petit, que se tornou aérea, pois aqui, neste espaço, ela não vivia no chão, e até de quem a alimentava, na maioria das vezes, ela corria.
E então aconteceu um fato lamentável. A Sheeninha, que já era anciã, arranjou namoro e engravidou, e aí, não obstante, tenha sido cercada de mil cuidados, - após o parto, onde nasceram cinco filhotes, - ela veio a morrer, com complicações advindas da idade avançada, num parto de considerável risco.
Com a Sheena morta, o campo parecia estar favorável para a pobre Petit, que do alto observava todo o movimento da casa, principalmente os passos do Apolo.
E, como na cena do Pequeno Príncipe e da Raposa, Petit foi conquistando seu espaço, cativando a todos, inclusive o Apolo, que, pasmem, está dividindo com ela até a bóia!
Hoje, ela realmente ocupa o lugar que sempre foi dela nesta morada e, posso afirmar com certeza, que agora eu tenho uma gata, e o nome dela é Petit.
Vinhedo, 15 de fevereiro de 2008.