Santos ou Soldados
São nestes mundos e nas grandes histórias que todos são lembrados:
- por seus atos, suas mentes e pensamentos...
- por suas garras em vitórias e até mesmo em derrotas...
- por vontades de ver, viver, e de vencer...
- e também de temer morrer...
Ao redor de rostos que vimos sem nenhuma coragem, de pernas que já não sustentam seus corpos, de sorrisos que se perderam em chuvas de balas, de vidas que se escondem para não serem afetadas... nos vimos tristes!
Num campo de preocupação... sua Fé foi extinta... sua Vontade foi tirada... por motivos como estes, hoje estamos em pé diante de um trono humano, curvando-se perante “Forças” que mal conseguem dirigir o caminhar de seus passos. Mas, há um sentimento que não foi abalado pelos anos que se passaram na rotina do que somos, nas histórias relembras, não pela força que já tínhamos perdidos, não pelos números que de milhares restaram apenas dezenas, não pela amargura e desprezo que todos no deram, e nem pelo medo de temê-lo; mas sim pela Esperança.
Todos foram abençoados com pleno vigor e brilho de ternura, e apesar de estarem mortos, todos tem lugares reservados nas lembranças dos ventos (de)isolados do mundo. Porque não morreram com sua bandeira, com seu orgulho, com seu inimigo ou seu amigo; morreram com sua Esperança, morreram ao lado do motivo de ainda estarmos de pé, do motivo claro que todos tentam ter.
Onde muitas vezes, nesta guerra, nós ganhamos por recuar, e assim reconhecer que somos pequeninos as nossas ambições, e que somos gigantes perante nosso medo. E saber que temos aliança, que na Cor temos a Esperança, que na Vida temos o Desejo, e na Morte, temos o Medo. Mas continuaremos... mesmo que sozinhos...
Sem deixar que pontos eternos façam de nós o infinito além daquilo que conhecemos, sem deixar que a única luz tome conta de nosso futuro. Sem deixar de ser neste momento o “Soldado”, e passar a ser daqui por diante, um “Santo”.