EU E ALGUMAS REFLEXÕES
(Embora este texto tenha sido escrito em 1974, estou publicando porque o acho atual )
Eu sou e não sei o que e isso assusta a todos.
Sou e não sou, vivo e estou morto e estou morto à medida que não sei o que significa a vida.
Se viver é andar, falar, caminhar, chorar, eu vivo. Mas se viver é fazer ou participar do processo evolucional, eu estou morto, a humanidade está morta.
Parece um paradoxo o que escrevo, mas o que não é paradoxal no mundo onde vivemos?
Se o homem não faz algo e não participa está morto e ele só passa a ser lembrado depois de sua morte (física) ou quando os seus feitos são lembrados após a sua ida.
O que há de paradoxal no que escrevo?
Quando encarnamos, deixamos o mundo espiritual e só quando morremos no mundo físico é que voltamos a renascer para a verdadeira consciência.
As civilizações antigas que morreram hoje elas retornam à vida através da pesquisa. Não podemos deixar de existir em nossa integralidade sob pena de sermos esquecidos logo após nossa morte.
O falso conhecimento da ciência e o mau emprego do conhecimento nos leva ao desconhecido.
Hoje somos o presente, mas, amanhã seremos só passado e esquecido se não deixarmos algo de concreto para que o homem do futuro possa visualizar o que fomos.
Penso que o que estamos legando ao futuro ainda é muito pouco em comparação ao que recebemos do passado.
Às vezes acho que estamos evoluindo no caminho errado. Não adianta dizer isto ao homem, pois ele rirá e dirá que apesar de tudo vamos sobreviver.
Será que poderemos sobreviver a uma guerra atômica, ou mesmo as mudanças de ordem cíclicas ou climáticas do nosso planeta?
Acho que estamos indo e vindo, como o eterno ciclo das chuvas. Até mesmo quando esta água for ingerida, não mitigará a sede do homem que há muito se encontra sedento de PAZ.
25/08/1974-VEM-