Rir é remédio

Olha você pode ter qualquer doença, tomar qualquer remédio, e deve mesmo tomar, mas rir também é terapêutico.

Esta semana decidi fazer uma faxina em armários, separei livros, bolsas, sapatos e roupas.

Foi difícil me desfazer de livros, mas retirei os infantis e mandei para crianças da família e de “segundo grau” ( atual ensino médio). Mas as roupas eu ia separando para algumas primas que eu achava que ia dar nelas, ou combinava com elas.

E quando uma dessas pessoas veio a minha casa para experimentar roupa eu estava completamente desanimada, mas a acompanhei na tarefa de experimentar roupa, e cada uma que ela pegava eu lembrava da história.

Eram histórias verídicas de vergonha que eu passei com as roupas, não que eram feias, mas as situações que eu passei com elas.como nós rimos, e como me animou aquelas risadas.

Então vamos rir? Lá vai algumas das histórias.

Certa vez, nos meus 13 ou 14 anos estávamos uma turma numa discoteca de bairro. A moda era a dança da bundinha, numa dessas músicas de Stieve B eu abaixei na tal dança e meu short rasgou, falei com a menina com a qual eu dançava, ela não escutou direto e disse que não tinha problema. Eu encostei numa parede e não desgrudava até minha irmã aparecer. Quando ela apareceu a solução foi trocarmos de calcinha, é isso mesmo roupa íntima do lado avesso, pois o short era preto e a calcinha dela era preta e a minha bege, na discoteca mais escura só aquelas luzes piscando ninguém ia reparar, e ficamos até o final assim.

Outro caso foi quando eu trabalhei numa pequena cidade, e iria ter a inauguração da canalização de um córrego e eu fui convidada a falar lá no palanque os benefícios para a saúde que a canalização trazia. Avisaram-me que iria ter autoridades de outras cidades, inclusive deputados. Eu desesperei, só tinha lá minhas roupinhas brancas básicas, camisola e baby dool além de uns jeans. Fui numa lojinha local e comprei um conjunto mostarda, caríssimo que ninguém comprava por causa do preço, mas era a coisa mais interessante que tinha e me cabia, comprei uma bota pra combinar ( era moda saia comprida com bota). Quando cheguei ao local, na hora marcada, o prefeito estava de calça jeans e camisa pólo, a secretária de saúde de calça de lã e camiseta de malha. Nem preciso contar o resto né? Precisa sim! Só tinha gente da cidade a única de fora era eu que só trabalhava lá.

A outra história que lembrei foi uma vez que eu fui numa confraternização de final de ano, cismei em usar uma determinada roupa, uma terninho risca de giz, só que com saia. Quando fui vestir a roupa para ir na festa, nada me cabia, então fui com a saia desabotoada, uma blusa por baixo do blazer. Todos de alcinha na festa e eu ali esturricando de calor, mas não podia tirar o blazer pois era ele que escondia o fecho aberto.

Por hoje chega de besteirol né? Outra vez conto da minha adolescência imitando a xuxa.

Lilian Gonçalves
Enviado por Lilian Gonçalves em 14/02/2008
Código do texto: T858817
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