JOVIALIDADE DESVIRTUDA

JOVIALIDADE DESVIRTUDA

Deus deu ao homem as ferramentas da inteligência para cultivar o espaço do progresso, mas sempre o hominal, as tem usado para sepultar na valeta do preconceito que o separa de seus irmãos ou semelhantes. Deus ofereceu ao homem a oportunidade de enxergar melhor a realidade de si mesmo, mas a desvirtualização tem lhe proporcionado a troca pela mentira, pela calúnia e a crueldade que sombreiam sua verdadeira essência. Vemos com tristeza a enorme quantidade de jovens envolvidos na escalada do crime. A mocidade é a beleza da forma, do amor e a primavera dos sonhos. A mídia nos relata todos os dias essas belezas, esse amor juntos com a primavera dos sonhos tornarem-se pesadelos. “Se a beleza da forma não se enriquece com o aprimoramento interior, não passa de máscara perecível”. Se o amor não se equilibra na sublimação da alma, cedo se transforma em paixão infeliz. Se a primavera dos sonhos não se enobrecer no digno trabalho, toda nossa esperança se transformará num campo de flores mortas. O tempo sempre foi nosso julgador implacável. A educação sempre será o berço da civilização, mas o desemprego, a miséria e a fome serão contribuintes para o analfabetismo mental, levando jovens que poderiam ter um futuro brilhante, ao caminho das drogas, dos vícios e da criminalidade. Somos todos iguais, mas o surrado clichê nos diz que o homem é produto do meio e da sociedade em que vive, mas não podemos negar de quem faz o meio é o próprio homem. A plantação de hoje será a colheita do amanhã. Nossas esperanças estão em nossas obras, as Leis serão sempre Leis. O jovem desvirtuado jamais obedecerá a essas leis e o caos tomará conta da sociedade. Se o jovem desvirtuado tivesse a capacidade, o senso de meditar perceberia com facilidade a saída dos problemas, pelos quais anseia, mas precisaria de uma mão amiga para reverter geênica situação. O cuidado dos pais é essencial. A condição social é preponderante, o meio induz, o valor do trabalho é fator de progresso, contudo, se confiamos nossa vida à ociosidade e rebeldia, os apelos se transformarão em inutilidades e a ferrugem da existência contagiará os que nos ouve, gerando indisciplina e perturbação. Crescerão os desmandos, a criminalidade e a violência de um modo geral.

ANTONIO PAIVA RODRIGUES-MEMBRO DA ACI E ALOMERCE

Paivinhajornalista
Enviado por Paivinhajornalista em 13/02/2008
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