Felicidade

Escreve-se “felicidade” com dez letras; Augusto Cury escreveu “Dez Leis para Ser Feliz”, esse pequeno livro de bolso traz dicas de como encontrar a felicidade. Que bom seria se ao final dos dez passos a felicidade se materializasse e pronto. Pode-se dizer serem dicas que já sabemos “de cor e salteado”, mas das quais, parece, precisamos ser constantemente lembrados, esquecemos. Esquecemos...

Esquecemos que devemos dormir oito horas por dia, em ambiente tranqüilo e arejado, sem levar as preocupações para a cama. Esquecemos de admirar o belo, esquecemos de sair da rotina, exercitar corpo e mente, controlar emoções e pensamentos. Esquecemos como preservar nossas memórias, como lidar com perdas e frustrações, como empreender na vida e crescer espiritualmente.

Dormir bem nos renova, como é bom! Acordar descansada e pronta para mais um dia; ao contrario de dormir mal, o dia é péssimo, cansativo, improdutivo. Lamento por aqueles que sofrem de insônia, vivem seus dias meio dormindo, ou seria meio acordados. Viver a vida pela metade, será? Durma, seis horas, quatro horas que sejam, mas durma bem.

Contemplar o belo, quem não se sente bem vendo maravilhosas paisagens, a Natureza, as crianças. Coisas que nos fazem ter prazer em viver, aumentam nossa auto-estima, preenchem-nos com bons sentimentos.

Sair da rotina é se aventurar, visitar novos lugares, experimentar coisas novas, novas emoções, respirar novos ares. Não necessita muito, mude o restaurante do almoço, convide amigos para jantar, leve os filhos à pracinha, vá ao cinema. Viva, conviva! Desfrute as pessoas que você gosta. Converse, recorde, ria! Fazer coisas diferentes faz o tempo passar mais devagar, podemos apreciá-lo melhor, nos faz viver mais.

Manter corpo e mente em equilíbrio, harmonia, podemos viver mais intensamente, mais vivos, mais dispostos. A mente deve estar sempre sendo oxigenada com bons pensamentos, sentimentos verdadeiros. Na correria do dia-a-dia é difícil, nem sempre estamos pensando em coisas boas, há problemas por resolver.

Perdoar é manter a harmonia, saber perdoar é deixar de lado a amargura, libertar-se; do contrário, a raiva, a mágoa, o ódio, nos mantém presos, vivendo para um sentimento do passado, de memórias, más memórias.

Nossa memória, que linha tênue separa o que somos da nossa memória. Será mesmo que há separação? Somos o que fizemos, o que decidimos, como agimos, somos as escolhas que fizemos. Que triste seria não lembrar tais coisas, não lembrar o ontem, não lembrar os lugares, as pessoas. As mais belas lembranças, os filhos pequeninhos, o primeiro sorriso, a primeira palavra, o primeiro dia na escola. Memórias de nossas vidas, sem preço. Não as troco por nada neste mundo. Quanto às lembranças desagradáveis, não lembro...

Empreender e crescer espiritualmente, evoluir como pessoa. Seja com a Inteligência Emocional de Goleman ou a sabedoria infinita do Dalai Lama, devemos fazer valer nossa existência, melhorar a cada dia. Máquinas podemos dominar, mas é o ser humano o grande mistério, para entendê-lo devemos conhecer seus sentimentos, sua cultura, seu mundo.

A felicidade não vai acontecer ao final de um livro, ela acontece no dia-a-dia, nós a fazemos ser uma realidade, as pessoas ao nosso lado apenas ajudam, ou não.

Taís H
Enviado por Taís H em 13/02/2008
Código do texto: T857890