Consumismo

Era uma tarde que como um parente irrante descontinuava a bela manhã ensolarada prometendo uma leve tempestade. Pelas ruas formigas consumidoras vorazes pela oferta perfeita se degladiavam para entrar e para sair das lojas.

Logo perto de um hidrante, logo ali encostado ao poste que sustenta as placas de identificação com os nomes das duas ruas que se cortavam naquela esquina estava uma filha, que aparentemente apresentava seus quarenta, com a mãe.

O diálogo foi ouvido do outro lado da rua por um rapaz que logo tratou de rir aos gargalhões e gravar na mente aquela pérola do Natal contemporâneo.

_ Mamãe, a senhora tem que querer alguma coisa de presente! Como não quer nada? O que eu vou te dar então?

Felizmente para o rapaz que passava do outro lado da rua o diálogo ficou só nisso. Infelizmente para a mãe estática sem saber o que dizer a coisa não era tão simples assim.

Ela não queria nada! Olha que crime hediondo. Deveria ser punida e não ganhar nada de Natal! Mas espere! Ela já não queria nada. Então deveria receber dezenas de presentes inúteis só como lembrancinhas como punição.

O jovem rapaz aqui ao terminar de relatar o caso percebeu que todas as pessoas são punidas dessa forma hoje em dia. Recebem dezenas de inutilidades, pelos maus atos durante o ano. Que venha o próximo natal, e ai daquele que não quiser nenhum presentinho... ai daquele!

leandroDiniz
Enviado por leandroDiniz em 13/12/2005
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