ONCOTÔ? – O PAÍS, UMA IMENSA FRAUDE!

Aquela velha estória de água no leite é a mais antiga e grosseira fraude de que se tem notícia. Basta coagular ou centrifugar o produto, para que seja evidenciada; afora o achado de lambaris apanhados juntos com o liquido no córrego, diferente daquela dos combustíveis, mais complicada para a sua constatação. E se gasta um tempão para a descoberta, não por qualquer outro motivo, senão o do descaso das autoridades deste país, mergulhado em falcatruas. Até que meu estômago diga ao contrário, pois nunca aceitou de bom grado este Curta Vida-Imensa Fraude, ninguém, nada me poderá convencer de que água oxigenada, soda cáustica, outros ingredientes da longevidade, não seja danoso à saúde! Passei uma semana tomando do tal leite e já estava indo para o lado de lá!

Deixando de lado o folclore, frauda-se, e já fui vítima desta modalidade, os tratamentos de saúde, na rede pública ou privada, onde se economizam antibióticos de largo espectro, trocando-os por outros que nada tem de eficazes! Esta fraude é muito danosa! Pacientes com alguma chance de vencer a doença, a perdem, logo, de vista! Verbas são trocadas de destinação com muita facilidade. Fraudam as leis, sonegando medicamentos de uso contínuo, do povo que, há muito, já pagou por eles. Por aqui temos a Ponte dos Remédios para onde teriam sido desviados para sua construção quarenta milhões de reais da saúde. A tal Ponte até hoje não curou ninguém, proporcionalmente aos gastos elevadíssimos com o superfaturamento!

Há pouco estive com minha filha que mora numa das capitais do nordeste brasileiro. E ao parabenizá-la pelo seu veículo novo, a sua indignada reclamação: pra se abrir os vidros do carro são necessárias as duas mãos, a levantar e a descer os vidros! Trocam-se as peças originais por outras do mercado paralelo, bem mais em conta. Frauda-se o cliente na sua confiança na Concessionária, frauda-se a Concessão, derrubando a Marca! Uma cliente comprou um carro zero e recebeu um, todo “batido!”

E finalmente, uma nova e fácil maneira de abastecer o próprio bolso com o dinheiro público: o tal Cartão Corporativo é uma beleza, pode-se comprar de tudo com ele! De picolé a grampo de cabelo. Eu é que não consegui pagar meu lanche num grande Supermercado com o Cartão de Estacionamento, que por engano apresentei; mesmo que o tal cartão fosse do próprio estabelecimento! Se eu tivesse com um Corporativo, teria lanchado tranqüilamente e ainda teria pago para todo o povo brasileiro!

Usando a mais nova expressão de indignação que aprendi de um dialeto mineirês, da Neuza Maria Spínola - Confuso pergunto: gente, oncotô?

Brasília-DF, 02/11/07 - abello