As barrerias de Barriras

    Entramos, mais uma vez, em um ano de eleições municipais. E para o cidadão que aqui vive o dia-a-dia da cidade, entre a variedade de escolhas a que ele é chamado a fazer por direito constitucional - presidente, governador e prefeito -  esta é a mais importante e mexe com os brios e o civismo de todos. Dizendo isso estamos dizendo o óbvio, mas nunca é demais abordarmos este assunto. Pois Barreiras encontra-se numa encruzilhada: Ou continua avançando a partir do estágio onde se encontra, ou degringola, retrocedendo aos tempos das cavernas, elegendo um representante descompromissado com o futuro do município e preocupado apenas em manter  altos níveis de popularidade. Pois a popularidade em nível elevado, quando mantida à custa dos interesses maiores do Município, em benefício de grupos ou pessoas, não representa necessariamente um modelo político a ser perseguido e apoiado.

Está havendo um acentuado desejo de mudanças. Não sobre o modelo atual em que o atual gestor, Saulo Pedrosa, optou por fazer uma administração austera pensando em termos futuros e não em popularidade imediatista para, com isto, poder entregar ao sucessor uma Prefeitura com finanças saneadas, e adimplente. E não arrombada e cheia de problemas jurídico-administrativos como recebeu em janeiro de 2005.

O desejo de mudanças baseia-se também na busca de um novo modelo de gestão participativa onde os problemas, imediatos ou futuros, sejam equacionados em conjunto com a sociedade, envolvendo-a sob o sentimento de cidadania e de solidariedade.

Isto tem levado os partidos da base aliada dos governos do Estado e da União a pensar no elemento feminino que atua na política, como sendo este fator agregador na formatação destes novos parâmetros. Com isso não se quer dizer que um candidato, por ser homem, não teria esta  capacidade de mudanças. É apenas porque entendem  que chegou a hora e a vez de uma mulher tomar as rédeas do município, após 117 anos continuados  e sucessivos de governos  dos homens.

Pesa também o temor generalizado da sociedade barreirense de que Barreiras retroceda numa marcha à ré desastrosa, se retornar aos idos de 2004 e anteriores,  onde a prevalência do bom senso era substituída pela ambivalência da força bruta. E isso nossa sociedade em várias ocasiões já deu  prova que abomina.

Portanto, nem bem se denotou este sentimento popular e os partidos, cada um a sua vez, preparavam suas  pré-candidatas para  colocá-las na vitrine e na mesa de negociações, para a sociedade definir qual delas lavará a palma para ser a preferida para  concorrer em outubro deste ano à Prefeitura de Barreiras.

E o leque de nomes  que estão sendo apresentados não poderia ser mais eclético. Há  candidatas  de vários feitios e formatos. As empresárias: Benê Campos, Tsila Balbino (advogada). As professoras Nilza Lima, Maria Anália. E as políticas, Jusmari Oliveira e Kelly Magalhães.

Isto posto, e com a candidatas, cada uma por sua vez, somando as cartas para ver quem tem mais cacife no jogo político, após o carnaval entramos no ano de 2008 envolvidos numa pergunta: Quem, dessas denodadas guerreiras conseguirá romper as barreiras de Barreiras?

 

 

 (Texto publicado no Site: www.jornalnovafronteira.com.br - Blog do Vinicius, em 11/02/2008)

 

 

 

  

 

Vinícius Lena
Enviado por Vinícius Lena em 11/02/2008
Reeditado em 11/02/2008
Código do texto: T855365