Buenos Aires 2 (tangos,la bombonera e arena da baixada)
Buenos Aires 2
(Tangos, La Boca, La Bombonera e Arena da Baixada...)
Fomos Capuano, esposa e eu ao “Viejo Almacén”uma famosíssima casa de tangos de então, no Bairro Santelmo. São tangos treadicionais (Caminito, Mano a Mano...) na voz de Jorge Rivero, um grande cantante hoje já falecido. Verdadeiros malabarismos de casais dançarinos, extraindo de seus corpos movimentos contrários às leis da física e mantendo uma altivez elegante que beira a arrogância.
Havia também o tango progressivo no estilo Astor Piazzola, que estaria para o velho tango assim como Chico Buarque está para o nosso samba. Ou seja, pode assumir a forma clássica ou inovadora e não se consegue distinguir qual dos estilos tem mais qualidade. São diferentes, apenas.
“La Boca” é um bairro formado por imigrantes italianos do início do século XX e que concentra boa parte do espírito “portenho”, pois está ao lado do Porto de Buenos Aires e do espírito boêmio Argentino; artistas de rua, pintores, poetas, bandoneóns solitários e os prédios pintados com cores vivas e contrastantes, onde o estilo é justamente a falta de estilo. O charme do lugar é a descontração. A Bela Vista (o Bexiga) em São Paulo lembra um pouco o clima da Boca.
E há, claro, “La Bombonera”, estádio do Boca Juniors e que tem esse nome por parecer uma caixa de bombons aberta, com suas abas íngremes onde os torcedores preferem se acotovelar atrás dos gols e não no meio do campo, como nós. Assisti a um jogo do campeonato Argentino (Boca e Platense) e vi um show de Brindisi, já em final de carreira mas ainda um artista, prenunciando e abrindo caminho para o “pibe de oro” que ainda viria a jogar no Boca. Nessa época, Maradona já estava no Barcelona, saído dos Argentinos Juniors, outro clube da periferia de Buenos Aires.
Impressionante como os Argentinos cantam todo o jogo, sempre em pé, incentivando o seu time sem nenhuma concessão para análises mais críticas. É pura paixão. O fanatismo que mais se aproxima desse é a dos torcedores do Atlético Paranaense quando lotam a Arena da Baixada...
Buenos Aires 2
(Tangos, La Boca, La Bombonera e Arena da Baixada...)
Fomos Capuano, esposa e eu ao “Viejo Almacén”uma famosíssima casa de tangos de então, no Bairro Santelmo. São tangos treadicionais (Caminito, Mano a Mano...) na voz de Jorge Rivero, um grande cantante hoje já falecido. Verdadeiros malabarismos de casais dançarinos, extraindo de seus corpos movimentos contrários às leis da física e mantendo uma altivez elegante que beira a arrogância.
Havia também o tango progressivo no estilo Astor Piazzola, que estaria para o velho tango assim como Chico Buarque está para o nosso samba. Ou seja, pode assumir a forma clássica ou inovadora e não se consegue distinguir qual dos estilos tem mais qualidade. São diferentes, apenas.
“La Boca” é um bairro formado por imigrantes italianos do início do século XX e que concentra boa parte do espírito “portenho”, pois está ao lado do Porto de Buenos Aires e do espírito boêmio Argentino; artistas de rua, pintores, poetas, bandoneóns solitários e os prédios pintados com cores vivas e contrastantes, onde o estilo é justamente a falta de estilo. O charme do lugar é a descontração. A Bela Vista (o Bexiga) em São Paulo lembra um pouco o clima da Boca.
E há, claro, “La Bombonera”, estádio do Boca Juniors e que tem esse nome por parecer uma caixa de bombons aberta, com suas abas íngremes onde os torcedores preferem se acotovelar atrás dos gols e não no meio do campo, como nós. Assisti a um jogo do campeonato Argentino (Boca e Platense) e vi um show de Brindisi, já em final de carreira mas ainda um artista, prenunciando e abrindo caminho para o “pibe de oro” que ainda viria a jogar no Boca. Nessa época, Maradona já estava no Barcelona, saído dos Argentinos Juniors, outro clube da periferia de Buenos Aires.
Impressionante como os Argentinos cantam todo o jogo, sempre em pé, incentivando o seu time sem nenhuma concessão para análises mais críticas. É pura paixão. O fanatismo que mais se aproxima desse é a dos torcedores do Atlético Paranaense quando lotam a Arena da Baixada...