AMOR E LIBERDADE.

"Quem é cativo não ama", ensina-me Du, meu amigo-irmão. Sei não. A liberdade é essencial ao amor, mas manter o coração livre após ser tocado pelo amor é tarefa difícil. A princípio parecia-me impossível conciliar amor e liberdade. Depois achei que poderíamos amar livremente. Mas veio uma força maior e me tirou a liberdade. Cativa, vivi por muitos anos. E na maior parte do tempo o cativeiro foi doce. Quando deixou de ser, arranquei as amarras, desatei os laços, sofri e cresci perdida num mundo desconhecido e sem saber o que fazer com a liberdade conquistada. Conciliado o primeiro desenlace ganhei um amigo especial. Continuei tentando. Haja medo. Haja queda. Haja dor. Mas também encontrei um lindo amor.

Amor que não combina com medo, com posse ou com dor. O amor com todas as suas faces e manifestações, alimenta-se de confiança, de alegria, de liberdade e de coragem. Não admite dominação. Não se dá com jogos, muito menos com armadilhas para capturar o amado.

Há quem divulgue e insista no Poliamor, que consiste na possibilidade de relacionamentos com mais de uma pessoa ao mesmo tempo. O Movimento "Polyamory" refuta a monogamia, mas se distingue de práticas sexuais como o swing, pois o Poliamor prega relações intensas, responsáveis e até duradouras.

"Qualquer maneira de amor vale à pena". Tem razão Milton Nascimento. Cada um vai buscar a sua maneira de amar.

Eu ainda acredito na tradicional: no amor de verdade com coração batendo forte, com lealdade ao parceiro, com desejo e de peito aberto para dizer e ouvir muitos "eu te amo".

Todavia, a situação não é das melhores para quem quer esse amor. Muito pelo contrário, então que se ame como se pode amar e que se viva os afetos que a vida oferece com liberdade e respeito.

Daqui insisto e continuo torcendo pela forma convencional, romântica e inteira de amar.

Meu Universo em Prosa e Poesia

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16.01.08

Evelyne Furtado
Enviado por Evelyne Furtado em 10/02/2008
Código do texto: T853285
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