Um julgamento ou uma peça de teatro?
Lendo a Crônica do poeta Smello, a Involução do poder judiciário, o aplaudi, porque é a real situação do nosso país, não podemos mais confiar, nos politicos, e agora nos magistrados, são raro os que trabalham e aplicam a lei.
Ontem, estive num julgamento e foi mais ou menos assim que o poeta smello escreveu, assisti um show de exibionismo da promotora, novinha, 28 anos, do interior de são Paulo, imagine você, como não estava o ego dessa moça, mas preocupada em desfilar no plenário como promotora do fazer se cumprir a Lei.
Tudo fez para condenar uma mulher pobre, que era defendida pela Defensoria Pùblica ( Advogado do Estado). Não que eu esteja querendo fazer apologia ao crime, longe disso, Lei deveria ser para todos. Se ela fosse rica estaria sentada no banco do réus?
Aquela moça que segundo dizem, assassinou o aquele Coronel responsável pelo massacre do Carandirú, todas as provas a apontam como coatora do crime, mas ela está presa? Claro que não, ela é rica, o depoimento dela foi numa sala qualquer de audiência? Negativo, foi interrogarrada na sala no Juiz presidente, interrogada pelo próprio.Isso é que é ser xique né? Sorte dela, mesmo que vá a julgamento daqui uns dez anos se o crime não prescrever, terá com certeza o melhor criminalista do pais, tem dinheiro.
Voltando ao julgamento de ontem, na hora da promotora fazer a acusação, o plenário floresceu de promotores para assistir
a apresentação da promotora, quando falava não olhava para os jurados e sim para sua platéia, parecia ali um teatro, onde a promotora era a atriz principal.
Entre um comprimento e outro aos componentes da platéia, chegou ao cúmulo de pedir a Juiza que presidia o julgamento que prendesse ali uma testunha que ela acha que estava e mentindo em juízo, suposição dela.
Se a lei permitisse que alguem fosse preso por mentir em plenário eles seriam os primeiros a serem algemados, felismente a Juíza sensata, disse que não prendia testemunha em plenário mas que o advertia que poderia ser processado por mentir em juízo.
Quando chegou a hora do defensor público falar, a platéia esvasiou-se, no momento da votação da absolvição ou condenação da ré, foi julgado se a testenhuma seria ou não processada, um pobre senhor de 68 anos.
Pela promotora ela teria mandado prender a testemunha, e ai que é contra Lei, ela não estava preocupada com a Lei e sim em a parecer.
Se não estivesse ali um Juiz, jurados e assitentes, essa testemunha teria sido presa e talvez condenada inocente, porque assim ela queria, porque é como eles querem e não como manda a Lei.
Se exibiu tanto, que acabou caindo do salto, pois a ré foi absolvida.