O Tempo Não Pára.

Chegamos à quarta-feira de cinzas. Passou rapidinho: outro dia ainda era Natal. O tempo voa e com eles nossos anseios. Aparentemente nada mudou. As divas disputaram os clics dos fotógrafos na avenida. Cada um de nós fez seu carnaval.A Beija-Flôr ganhou mais uma vez.

O período nos aliena. Nada me preocupou esses dias, a não ser me dedicar a mim mesma. Integrando-me à natureza. Presenteando-me. Puro egoísmo do qual não me arrependo, pois precisava disso.

Todavia ligo a TV e ainda se fala nos cartões corporativos do Governo. Uma idéia inteligente para as pequenas despesas, que como sempre foi desvirtuada e virou mais uma maneira de assaltarem nossos bolsos.Eles não se cansam em tomar do povo o que é do povo. O discurso do governo continua o mesmo. Ninguém agiu de má-fé. Muito menos eu e a grande maioria do povo brasileiro.

“O tempo não pára", cantou Cazuza quando o dele era curto e o fim se aproximava. Parece-me que além de não parar, ele voa e leva nossos melhores sonhos e ideais.

A vida corre entre um Carnaval e outro. As nossas vidas são ultra-rápidas e nós nem estamos aí. Melhor prestarmos atenção ao que queremos ver realizado. Melhor ainda procuramos viver com menos peso nos ombros e mais amor no coração. Vivermos com consciência e responsabilidade, mas sem nos esquecer de sermos felizes.

Evelyne Furtado
Enviado por Evelyne Furtado em 06/02/2008
Reeditado em 06/02/2008
Código do texto: T848768
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