Londes 1 (Dois pontos de vista)
Londres, uma das versões é de uma cidade úmida, nevoenta e escura impondo o medo de que nas noites de suas ruas mal iluminadas pudesse estar espreitando numa esquina furtiva “Jack, o estripador”... Esse era o estereótipo transmitido por inúmeros filmes e leituras de Sherlock Holmes... Longas capas, cartolas e bengalas ora ameaçadoras, outras vezes apenas “esnobes”... Coches rangentes... Condutores soturnos e incapazes de sorrir... O “fog” londrino nublando toda a cidade e a tornando propícia para aparições indesejadas...
A essa imagem, somou-se a minha pouca simpatia pela Inglaterra após a Copa de 1966, pois foi lá que nossa seleção foi humilhada não passando nem da primeira fase, ferindo o orgulho brasileiro pois nos imaginávamos invencíveis no futebol até aquela fatídica tarde em que perdemos para Portugal por 3 a 1 em Liverpool e voltamos para casa mais cedo como nunca antes nem depois.A Inglaterra não teve nada a ver com isso, mas...
A esses sentimentos negativos, contrapunham-se outros de igual dimensão só que no polo oposto... A minha admiração pelos Beatles: um país que tinha produzido um grupo tão fenomenal não podia ser assim tão mau... O fato de alguns Brasileiros exilados, meus ídolos na época da ditadura, terem escolhido Londres para viver era um atestado inconteste de que a cidade só podia ser acolhedora.
Acho que o título da música de Caetano Veloso : London,London repete o nome da cidade justamente porque há duas maneiras de se ver e conhecer Londres: o seu lado obscuro, frio e úmido e a porção radiante nos meses de sol, com seus imensos parques e gramados e a gentileza de seus habitantes.
Lá estava eu, num sábado de manhã sozinho no aeroporto de Heathrow, com um dia inteiro pela frente...
Londres, uma das versões é de uma cidade úmida, nevoenta e escura impondo o medo de que nas noites de suas ruas mal iluminadas pudesse estar espreitando numa esquina furtiva “Jack, o estripador”... Esse era o estereótipo transmitido por inúmeros filmes e leituras de Sherlock Holmes... Longas capas, cartolas e bengalas ora ameaçadoras, outras vezes apenas “esnobes”... Coches rangentes... Condutores soturnos e incapazes de sorrir... O “fog” londrino nublando toda a cidade e a tornando propícia para aparições indesejadas...
A essa imagem, somou-se a minha pouca simpatia pela Inglaterra após a Copa de 1966, pois foi lá que nossa seleção foi humilhada não passando nem da primeira fase, ferindo o orgulho brasileiro pois nos imaginávamos invencíveis no futebol até aquela fatídica tarde em que perdemos para Portugal por 3 a 1 em Liverpool e voltamos para casa mais cedo como nunca antes nem depois.A Inglaterra não teve nada a ver com isso, mas...
A esses sentimentos negativos, contrapunham-se outros de igual dimensão só que no polo oposto... A minha admiração pelos Beatles: um país que tinha produzido um grupo tão fenomenal não podia ser assim tão mau... O fato de alguns Brasileiros exilados, meus ídolos na época da ditadura, terem escolhido Londres para viver era um atestado inconteste de que a cidade só podia ser acolhedora.
Acho que o título da música de Caetano Veloso : London,London repete o nome da cidade justamente porque há duas maneiras de se ver e conhecer Londres: o seu lado obscuro, frio e úmido e a porção radiante nos meses de sol, com seus imensos parques e gramados e a gentileza de seus habitantes.
Lá estava eu, num sábado de manhã sozinho no aeroporto de Heathrow, com um dia inteiro pela frente...