O filósofo, o teólogo, o educador e o professor
Edson Gonçalves Ferreira
A humanidade se perde na medida em que se desrepeita, esquecendo-se do amor fraterno. Deus não é uma entidade, mas o amor real, verdadeiro de que a humanidade se esquece. Quando vejo documentários sobre assassinatos e balas perdidas, fico pensando que a Educação no Brasil é só de fachada. Julgar o outro prova apenas a nossa ignorância. Audacioso é aquele que consegue viver segundo os seus códigos de conduta.
Vivemos num país repleto de leis, mas sem dignidade para respeitá-las. Onde existe uma bandeira com as palavras "Ordem e Progresso" e não respeita nenhuma das duas? Antes de criticar a história de vida do outro, reflita sobre a sua própria história. Inteligente é o homem que consegue formular a sua própria interpretação da história universal e se colocar, como ser histórico, fruto desse contexto.
O meu texto não reflete só o que penso, porque compartilho contigo todas as experiências desse mundo cão. A juventude é sempre a mesma e esperançosa. Falta apenas pessoas que cobrem dela um compromisso real com a sua própria história de vida. Sem leitura, estudo e disciplina não adianta nenhum professor e, principalmente, especialistas!
Quando olho pras escolas, penso que se não voltar a reprovação, a escola continuará caótica. Sem passado não há presente e, assim, nem história. Não podemos levar a sério um político que menospreza seu povo. A falta de educação no Brasil começa em Brasília. Deus não é elitizado. Ele é mais popular do que muita gente pensa. Cuidado, pois, quando invocarem o seu não em vão. Deus é mais presente na vida do pecador que na vida dos que se julgam santos.
Sexo nunca foi amor. Quando se ama mesmo, sexo é apenas um momento de encontro de dois seres humanos com Deus. Professor não é aquele que só ensina, mas o que, constantemente, aprende. Quem considera o professorado só como profissão não deve ficar em sala-de-aula. Ser professor é mais sério. Nunca dê ouvido aos elogios, porque a mesma mão que nos afaga, já dizia o poeta, é a mesma que nos castiga. Só me sinto consagrado quando, caminhando por uma rua, encontro um ex-aluno(a) que me agradece por ter, um dia, ser um pingo de água na sede de vida que ele ou ela tem.
Divinópolis, 31.04.91