Ana Maria

Quem não se lembra da Ana Maria do biquíni de bolinha amarelinha, tão pequenininho, que na palma da mão se escondia? Ana, menina tímida, teve vergonha de vestir o biquíni, para decepção da rapaziada. Ainda existem muitas Anas assim, que ficam coradas diante de algo inusitado, ousado!

E aquela tal da Ana Maria Braga, que faz doces e salgados e vive dando risada? Que Ana bacana, tão alegre, bem humorada!

Ana se lê de trás pra frente e de frente pra trás. E tem Ana que é assim... Tanto faz, tanto vai, quanto vem... E não pára em lugar algum. Vive mudando de casa, de trabalho, de carro e até de marido!

Parece que há mais Ana no mundo, do que estrelas no céu, desde Ana Santa até Ana Mundana.

Igual aquela, que entre quatro paredes, vira Ana Sacana e faz a sua festa, do jeito que o Diabo gosta, para deleite dos amantes...

Mas eu conheço uma Ana Maria, que na vida se fez amarga...

Toda noite veste o pijama, se deita na cama e traça planos maquiavélicos! Cada dia uma nova trama...

Tenho pena dessa Ana, tão triste e mal amada!

Levou para morar consigo a neta do ex-marido e não deixa que a menina veja o pobre do avô. Que Ana malvada!

Bem que poderia mirar-se no exemplo de Sant’ Ana, a padroeira das avós. Quem sabe com muito carinho e doçura até pudesse levar de volta o marido que botou na rua.

Vamos pensar nas grandes mulheres... Esqueçamos desse exemplo ruim.

Que tal uma pausa para o café?

Lembrei-me do bolo da Dona Anita. Nessa hora os Anjos estão se deliciando... Bolo de cenoura com calda de chocolate! Que saudades de Dona Anita, que alma boa!

Já que não temos o bolo de cenoura da minha amiga, que agora mora lá no Céu, que tal um bolinho recheado com baunilha, que eu comprei no supermercado...

Dá tempo para um merchandising?

Vamos logo comer esse bolinho Ana Maria, vai...

Aureni Costa de Sá
Enviado por Aureni Costa de Sá em 05/02/2008
Reeditado em 05/02/2008
Código do texto: T846916