O PRESENTE – CONTINUAÇÃO .

 

   Com surpresa percebi que minha caixa de correio estava entupida (na verdade foram só dois) de e-mails com comentários relativos a minha outra crônica sobre o assunto. Meus queridos amigos e leitores (na verdade foram só dois) me enviaram algumas sugestões com as respectivas explicações e justificativas e por ter achado muito interessante, sugestivo e porque não dizer instrutivo, vou comentar mais alguma coisa sobre o tema (como eu disse, foram só dois e-mails).

   Um dos e-mails sugere que a melhor forma de presentear um homem feio, gordo, barrigudo e chato (que além de tudo é pé-frio), é não se preocupar se ele vai gostar ou não do presente.

   Além de comprar qualquer coisa tamanho bem grande, também não tem que ser nada discreto. Uma das leitoras que me escreveu (na verdade foram só duas) insiste em que o pijama de bolinhas (foi sugerido da outra vez) tem que ter cores lisas e extremamente berrantes, tipo vermelho sangue ou rosa choque.

   As duas cores serão utilíssimas em várias ocasiões, por exemplo: o vermelho acrescentando-se um ou dois pacotes grandes de algodão praticamente transformam o marido gordo e barrigudo num Papai Noel. É possível que ele não goste muito da idéia, ainda mais se considerarmos que falta bastante tempo para o Natal.

   Entretanto, com a desculpa de que ele tem que se preparar com antecedência a mulher não teria dificuldade em convencê-lo. Vestindo e praticando para ser Papai Noel, vai que numa dessas ele fica entalado numa chaminé. Para ela seria a gloria....

   Claro que o marido poderia desistir de treinar para ser um Papai Noel, mas por um bom tempo ele não perturbaria a esposa.

   Outra sugestão interessantíssima, foi a de dar de presente uma coleção de filmes de terror. Sem nenhum preconceito contra os feios (até por quê, sou um deles) mas pensem bem, vendo tanta gente horrorosa quem sabe ele não se manca e passa a se cuidar mais um pouquinho ? Pelo menos, ficaria menos assustador.

   Mais uma sugestão interessante seria levar o marido ao salão que a mulher frequenta habitualmente. Lá, além de lavar a cabeça com chocolate quente (seria ótimo para a dieta e a diabete) aproveitaria para pintar o cabelo de caju ou salmão. Ficaria lindo, prá não dizer ridículo.

   Já uma outra sugestão apresentada foi para que a sofrida (é compreensível) esposa comprasse uma dessas máscaras com o rosto de outra pessoa. São ótimas e muito , sugestivas. O problema seria convencer o marido a usa-las quando fosse dormir.

   Entretanto, se a mulher conseguisse, no dia seguinte poderia espalhar prá vizinhança que tinha dormido com o Reynaldo Gianecchini ou com o Brad Pitt. (a preferência é delas, quero deixar bem claro).

   Quanto a sugestão do motel cinco estrelas a opinião foi unânime (como só recebi dois e-mails, conforme confessei, não foi difícil a unanimidade) . Suíte imperial de um motel cinco estrelas só tem graça com um grande astro (entenderam o trocadilho: cinco estrelas com astro ?).

   Quero agora fazer uma pausa para ir em defesa do pobre e coitado marido. Até aqui (e na outra crônica também) só falamos dos defeitos dele. Mas e os defeitos da esposa; ?

   Ela não disse, por exemplo, que provavelmente também ronca durante a noite, fala e reclama até pelos cotovelos e tem um sério problema com gases. Também não disse que certamente cozinha muito mal e tem o péssimo hábito de cantar no banheiro (geralmente toda mulher que cozinha mal, também costuma cantar no banheiro, para desespero do marido e da vizinhança) . Só que canta pessimamente. Com certeza não é nenhuma Ivete Sangalo.

   Além do mais, até hoje ela não deve ter aprendido a fechar a porta do carro. Aliás ela não fecha, bate a porta com toda força.

   Reclamar é fácil, mas geralmente só os defeitos dos homens é que são mais comentados. É uma pena que não recebo e -mails dos amigos reclamando das esposas. Será que eu teria muita coisa para contar, comentar ou quem sabe sugerir ? Sem nenhuma intenção de causar polêmica, fica aí a dúvida no ar...

 

 

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(.....imagem google.....)

WRAMOS
Enviado por WRAMOS em 03/02/2008
Reeditado em 07/01/2013
Código do texto: T844746
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