CARVAVAL – O CABEÇÃO

Enquanto o cabeção aguarda sobre o veículo que transportará os músicos; uns dançam, outros bebem e a maioria serve-se do famoso caldo levanta defunto distribuído pela professora Maria Socorro Cavalcanti e Sikva - Corrrinha de Bernadete - , auxiliada por sua cunhada Neide, esposa de Hermano José, personagem muito especial do Bloco ”O CABEÇÂO”.

A alegria domina a todos que do recinto se aproximam. O tempo vai passando e dois quarteirões, antes e depois da  ponte do canal se congestiona.

Por volta de 10:30 horas da manhã sai o bloco  em direção à rua Pedro Pereira de Lucena, de onde tomará o itinerário planejado  ao som da voz de Ray Neto.

É encantador presenciar o ânimo das pessoas de todas as idades dando vida ao bloco que surgiu na década de 1970, na Caldeira do Inferno com os componentes Chico de Sínésio, Eduardo, Bosco de Quinha, Doizinho, Juvenal, Tião de Chico Eufrázio e tantos outros.

Com o passar do tempo este bloco de rua foi perdendo o ânimo chegando a desaparecer.

Com a idéia de Ray Neto e Doizinho ele renasceu, com música composta por Ray Neto; e nestes últimos anos vem fazendo história e regatando costumes e cultura que vinham sendo descartados na nossa cidade.
          Os jovens se unem às pesssoas das gerações mais velhas e fazem a alegria do Carnaval de Rua da nossa Brejo Santo.

Sou testemunha viva do Bloco Cabeção desfilando na Av. Antonio Denguinho de Santana ( antiga Av. Santos Dumont), saindo da Caldeira do Inferno e contornando a Praça Dionísio Rocha de Lucena, onde se montava o palanque e,  de onde a comissão  julgadora observava passar o Bloco União, o BS, As Escolas de Samba: “Não Chora ninguém" e a “Calhambeque”, para classificação.

O carnaval de rua era muito animado: haviam também os Bocos de Sujos, As meninas e os  Os cães.

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