ANO NOVO
Mais um ano se passou, para nós seres humanos. Sim, porque para o Criador não existem anos, não existe tempo, somente a eternidade. Somos extremamente pequenos e temos muito que evoluir para começar a entender essa realidade.
Os anos, dias, horas, minutos, são como as águas de um rio (vida) correndo para o mar (eternidade). Assim vão ficando pelo caminho, sonhos (alguns realizados outros não), conquistas, perdas, entes queridos, tarefas inacabadas, amores, paixões. Mas não há tempo para lamentar, há que seguir a correnteza, evoluir, sempre fazendo do passado doces recordações, duras lições, importantes aprendizados que hão de nos ajudar a superar, com mais sabedoria e menos dor, os futuros obstáculos. Se pararmos na lamentação da adversidade, nos transformaremos naquela água estagnada em algumas pedras, que se converte num limo podre e repleto de vírus que, além do mal cheiro que pode exalar, acaba contaminando a água pura que passa ao longo do leito em evolução. Mágoa, vingança, inconformismo são mazelas que precisam ser riscadas de nosso dicionário, apagadas de nossa mente e eliminadas de nossos corações. Trocando em miúdos, se nos agarrarmos, sem discernimento, ao passado, além de atrelarmo-nos na dor e no sofrimento ou mesmo numa alegria efêmera, iremos influenciar, negativamente, o fluir da vida de todos.
Para o cumprimento de nossa missão, qualquer que seja, na conquista da felicidade, essa “Força Maior” que desconhecemos, mas entendemos por bem chamar de “Deus”, permite que nos submetamos a regras criadas por nós mesmos, inclusive esse limite cognominado “tempo”.
Dentro dessa limitação chamada “tempo”, precisamos vivenciar com toda intensidade o presente, pois este é o momento que temos para agir, pensar, viver e sermos úteis à fluidez do rio da vida. O futuro é a meta, mas depende do presente. O passado não volta e dele devemos apenas aproveitar o que servirá de alicerce para um presente seguro e feliz.
Que este ano que se inicia possa ser o melhor de nossas vidas, até aqui. Podemos pedir isso a Deus, mas depende de nós!
SP. 22/12/07
Fernando Alberto Salinas Couto