Óóóói...

Parecendo rede,

Quase me convida à minha

Um quarto-crescente.

Há pouco, perguntou-me uma de minhas grandes amigas, depois de ler umas crônicas:

– Ô Arumeda... Não tem uma em que tu admire esse pedaço de chão?!

Que atraso (o meu)! Pois já me aprontava (bem longe da Baixa da Égüa) para escrever sobre duas pernas que parecem abrir-se de uma ponte que dá bem no horizonte de uma das atuais (e decadentes) zonas boêmias daqui!

Mas será isso cantar loas à Terrinha?! Bom, não sei, mas... para quem é fã de putaria...

Não! Agora, é sério: Entre um "ah, pelo menos uma" e um "ah, bom... só uma", eu prefiro deixar as cantorias para quem insiste em não ver e denunciar/ psicografar, por uma só vez que seja, quem sabe, o descarado sensacionalismo e a falta de imparcialidade da imprensa local, além do provincianismo do Povo e daquele que se diz "chique", após não sair de um profundíssimo (e esclarecedor) "com certeza" em uma simples entrevista e gritar um "arre, égüa", pensando já estar em off, ao passar-lhe uma potranca daquelas!

E é (com certeza) mais sobre esse último item que almejo discorrer (tanto em prosa quanto em verso); acerca do fato de haver ido a um sarau notório e impagável (5 reais para entrar) em que os tais "chiques" e por demais mal-educados falavam por cima, enquanto alguém obviamente (ao microfone) gostaria de recitar (– Eu? Não, imagina!); mesmo sarau em que me disse (quem sabe:) uma futura e promissora advogada, juíza ou delegada que ali havia um auditório que era simplemente o local mais interessante e belo d(e toda uma cidade)aqui!

Não quis me levantar ainda. Aliás, esta coisa de "Eu vou me retirar" deixei para os frescos ou para quando o bombardeio for de todos os lados! Mas enquanto puder e vir por que razão escutar...

E não só isso, é claro, pois retruquei:

– Você com certeza não deve ser daqui! No Centro mesmo, há lugares belíssimos como a Casa da Cultura, o Palácio de Karnak, o Centro Artesanal, o Clube dos Diários, o Teatro...

E antes que pudesse mencionar o acolhedor corredor artesanal do Poty Velho, alguém puxou alguns pela gravata e casacos de pele (de cordeiro ou carneiro?):

– Conhecem Cassiano Ricardo?!

E após um óóóói mais ou menos geral, penso que foi a última coisa em que reparei.

Minto: Busquei ainda uma lua que vi em uma revista que ali distribuíram (os 5 reais?)!

AH, e quanto a (a ligeira pronúncia em Nihongô do meu nome:) "Arumeda", foi onda ...ou bonsaística tsuname!

a 29 de Outubro do ano de 2007