MaCaCoS NoS MoRDaM!

Essa história começa assim...

Um cara estava viajando por uma estrada praticamente deserta e muito escura. De repente, um dos pneus fura e ele tem que parar seu carro, praticamente, no meio do 'nada'.

Vai até o porta-malas e depara-se com o inesperado: Ele estava sem o 'macaco'. Aquele instrumento que faz levantar o carro enquanto troca-se o pneu do mesmo (para aqueles que não sabem muito bem sobre carros).

Ficou desesperado. Como podia estar no meio do nada e simplesmente não ter condições de trocar seu próprio pneu?

Pensou, então, em trancar o carro e andar a procura de ajuda (de algum carro a passar, o que seria quase impossível, ou de algum milagre mesmo).

Para seu alívio, avistou, há alguns metros dali, um pequeno casebre de luzes acesas. Melhor ainda, conseguiu avistar que na frente da casa tinha um carro, que só poderia pertencer ao dono da casa. Poderia ele então, pedir emprestado o macaco para, enfim, trocar seu pneu.Respirou um pouco mais aliviado e encaminhou-se em direção. Começou a improvisar um diálogo mental:

- Olá, boa noite. Desculpe incomodar mas eu estou viajando há tempos por esta estrada escura e deserta e, para meu azar, estou com um pneu furado e não tenho o macaco. Reparei que você tem carro e imaginei se poderia me emprestar seu macaco...

Daí, foi imaginando que a pessoa poderia não acreditar em sua história, já que a estrada era realmente deserta, eram altas horas da madrugada e etc. Foi elaborando seu discurso:

- ...Mas se não estiver acreditando pode ir comigo até o local do carro, que não fica a muitos metros daqui... Mas a situação é grave mesmo. Estou voltando de uma viajem de negócios e não acreditei quando não achei o macaco do meu carro no porta-malas. Até porque sou um cara super preocupado com esse tipo de coisas...

Mesmo assim, pensou ele ainda a caminhar em direção ao casebre, a pessoa poderia desconfiar de se tratar de um assalto ou coisa do tipo, então ele começou a alterar seu discurso e seu tom de voz:

- ...MAS VEJA! Não estou armado, pelo amor do Santo Deus! Você acha que eu realmente faria um assalto num casebre, no meio do 'nada', sozinho, sem ajuda de comparças?!

Mais nervoso ficava, enquanto se aproximava da porta do casebre e tentava, a todo custo, resolver seus problemas com o próprio discurso:

- EU SÓ QUERO O SEU 'MACACO' EMPRESTADO! MAIS NADA! VOCÊ PODE ME ACOMPANHAR SE QUISER PARA VER QUE EU NÃO ESTOU MENTINDO! JESUS!!!

Batendo na porta do casebre, ofegante e suado. Quando a porta abriu-se, avistou-se um senhor de semblante amável e pijamas, o cara gritou:

- ENFIA O 'MACACO' NO SEU CÚ!!!

Com a história de hoje, quero que os meus leitores pensem a respeito do seguinte:

"Vale, realmente a pena, imaginar as piores hipóteses possíveis de uma situação?!"

Não 'transborde', como café... As vezes, e muitas delas, não vale a pena. Só 'líquido derramado'. Gota por gota. Em miúdos:

Transbordar pode ser - Brigar, estourar, agredir, gritar, ameaçar, sair do controle, etc...

Líquido Derramado pode ser - Lágrimas, dor, sofrimento, tristeza, coisas ruins em geral, etc...

Larissa Santos
Enviado por Larissa Santos em 29/01/2008
Código do texto: T837139
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