Carnaval e Folia- Estripulia
Sou do tempo que o carnaval era para dançar e dançávamos as quatro noites parando apenas às cinco horas da manhã quando a banda do Clube ia embora.
Esperávamos a festa com a maior euforia, fazíamos fantasia, blocos, enfim tudo o que ainda hoje vemos na festa mais popular do Brasil.
Não pensávamos em “sacanagem”, pelo menos não era o principal, acontecia, claro!
Mas a educação rígida, pelo menos aqui no meu interior de Minas, e nossos pais nos tinha em total domínio, um olhar falava tudo.
Mas os tempos são outros. Hoje os filhos nem escutam os pais, bronca quase não existe, e a vontade dos filhos é soberana.
Eu sei que minha formação profissional me assegura pensar assim, vejo os filhos cada vez mais sem limites e pais cada vez mais alienados, voltados para sua “paz”.
Os tempos atuais, a forma de vida, enfim a sexualidade toma outro rumo, e as adolescentes engravidam com muito mais freqüência. Isso sempre aconteceu, mas agora está tudo exacerbado.
Bem tudo isso para dizer que fico pasma de ver o Governo da Bahia distribuindo a pílula do dia seguinte.
Transar já pensando em descartar a gravidez.
Penso que as mulheres devem transar pensando em se cuidar, transar com alguém que se viu em uma única noite sem conhecer, sem gostar, sem pensar nas conseqüências? Acho uma temeridade.
Sei lá se sou ET.
Sei lá se sou retrógrada.
Mas meu trabalho é também orientar jovens para sua vida adulta, seus relacionamentos sexuais, os métodos anticoncepcionais, as conseqüências de uma gravidez não planejada, com certeza por isso não posso achar o sexo banal, não posso igualar o ato sexual a um beijo.
Sei que os problemas pós-carnaval para o governo são de ordem financeira, a saúde já precária, os hospitais sucateados, o INSS corrompido. Mais jovens grávidas é o terror para um País onde a CPMF é criada para suprir a saúde e sempre foi desviada.
Parto, remédios, e nove meses após outro Ser precisando de cuidados, seguro desemprego, bolsa família, leite, sei lá mais o que.
Um governo que elege bandidos, onde pessoas do governo andam com cueca cheia de grana escondida, é brincadeira!
Por essas e outras o carnaval passa a ser mais que uma festa pagã, mas a festa do dia seguinte, da pílula abortiva, das camisinhas espalhadas pela rua, dos blocos dos mascarados que deixam rastro de estripulia no ar e na terra.
A discussão está em pauta, Igreja e Governo divergem sobre a distribuição da pílula do dia seguinte, a polêmica foi parar na justiça, e está aberto o debate aqui na minha escrivaninha, gostaria que você amigo leitor desse sua opinião.
Vamos aguardar os acontecimentos.
(carnaval é a liberdade de expressão do pobre e do rico... As plumas e paetês ornamentam o corpo de todos da mesma forma. Para uns é a glória, para outros uma simples brincadeira... Uma estripulia.) Participação do meu amigo Beto, a quem eu agradeço o apoio.
Sou do tempo que o carnaval era para dançar e dançávamos as quatro noites parando apenas às cinco horas da manhã quando a banda do Clube ia embora.
Esperávamos a festa com a maior euforia, fazíamos fantasia, blocos, enfim tudo o que ainda hoje vemos na festa mais popular do Brasil.
Não pensávamos em “sacanagem”, pelo menos não era o principal, acontecia, claro!
Mas a educação rígida, pelo menos aqui no meu interior de Minas, e nossos pais nos tinha em total domínio, um olhar falava tudo.
Mas os tempos são outros. Hoje os filhos nem escutam os pais, bronca quase não existe, e a vontade dos filhos é soberana.
Eu sei que minha formação profissional me assegura pensar assim, vejo os filhos cada vez mais sem limites e pais cada vez mais alienados, voltados para sua “paz”.
Os tempos atuais, a forma de vida, enfim a sexualidade toma outro rumo, e as adolescentes engravidam com muito mais freqüência. Isso sempre aconteceu, mas agora está tudo exacerbado.
Bem tudo isso para dizer que fico pasma de ver o Governo da Bahia distribuindo a pílula do dia seguinte.
Transar já pensando em descartar a gravidez.
Penso que as mulheres devem transar pensando em se cuidar, transar com alguém que se viu em uma única noite sem conhecer, sem gostar, sem pensar nas conseqüências? Acho uma temeridade.
Sei lá se sou ET.
Sei lá se sou retrógrada.
Mas meu trabalho é também orientar jovens para sua vida adulta, seus relacionamentos sexuais, os métodos anticoncepcionais, as conseqüências de uma gravidez não planejada, com certeza por isso não posso achar o sexo banal, não posso igualar o ato sexual a um beijo.
Sei que os problemas pós-carnaval para o governo são de ordem financeira, a saúde já precária, os hospitais sucateados, o INSS corrompido. Mais jovens grávidas é o terror para um País onde a CPMF é criada para suprir a saúde e sempre foi desviada.
Parto, remédios, e nove meses após outro Ser precisando de cuidados, seguro desemprego, bolsa família, leite, sei lá mais o que.
Um governo que elege bandidos, onde pessoas do governo andam com cueca cheia de grana escondida, é brincadeira!
Por essas e outras o carnaval passa a ser mais que uma festa pagã, mas a festa do dia seguinte, da pílula abortiva, das camisinhas espalhadas pela rua, dos blocos dos mascarados que deixam rastro de estripulia no ar e na terra.
A discussão está em pauta, Igreja e Governo divergem sobre a distribuição da pílula do dia seguinte, a polêmica foi parar na justiça, e está aberto o debate aqui na minha escrivaninha, gostaria que você amigo leitor desse sua opinião.
Vamos aguardar os acontecimentos.
(carnaval é a liberdade de expressão do pobre e do rico... As plumas e paetês ornamentam o corpo de todos da mesma forma. Para uns é a glória, para outros uma simples brincadeira... Uma estripulia.) Participação do meu amigo Beto, a quem eu agradeço o apoio.