(título ao final)
"Policial à paisana atira em jovem praticante do Parkour."
Segundo alguns, já era até esperada a matéria. "Os cara(s) corren(d)o..." O povo, inteiro (ou em peso), já se alvoroça. Umas boas senhoras beatas, a caminho da São Benedito, rezavam e uns dois enfermeiros, ao regressar do Hospital G. Vargas, queriam ligar de imediato ao manicômio.
Porém, acostumados a pequenos roubos, alguns michês aprovaram a idéia. Mas logo desistiram: O suor depois é algo inevitável.
(Michês? O que são michês? Ah, são garotos que fazem programa e que provaram por A + B que nem todos aqueles de mochila são estudantes!)
Bom, mas terá sido por isso, a uns tantos, meu caro transeunte, manjadíssima a notícia?
Também se for, eu já estou na Redação:
"Em dias de sombra/ folga, o menor de iniciais J. A. C. era praticante de Le Parkour e em dias de sol/ noite (e também folga), tinha por cliente assídua a jovem Maria dos Santos, finada esposa do Policial dos Santos.
O rapaz foi alvejado ao pular de um dos altos do Centro de Artesanato Mestre Zezinho, esquina da Paissandu com a 13 de Maio.
Em seguida, mata-se o marido, inconformado, com um tiro abaixo da mandí..."
Não, não! Tá louco? Tá muito shakespeareano esse final!
Então, que tal, se, por um acaso, eu colocasse:
"Bandidos em Teresina aderem à nova prática de esporte."
Agora, sim, finalmente: "O Parkour, nascido e criado (por David Belle, que pertence a uma família de bombeiros) na França dos anos 80, mas capt(ur)ado pelo coração de alguns jovens em um filme que certamente viram na TV há umas duas semanas, é um esporte feito sob medida para o cenário urbano. De uma outra forma de escrever "percurso" em Francês, o Parkour é utilizado para transpôr obstáculos como carros e muros bem altos, por exemplo, mas sem usar espécie alguma de equipamento, a não ser o próprio corpo, e blá, blá, blá(..)."
Impar(ciao)
a 16/09/07