FUNÇÃO FÁTICA II
Oi!
-Oi!
-Como vão as coisas por aí? Há quanto tempo não conversarmos.
-Pois é. Há muito tempo não te vejo.
-Até mais vê-lo!
-Até.
NA
NA
Por causa do texto FUNÇÃO FÁTICA que postamos, alguns leitores têm procurado maior aprofundamento nesta e noutras funções da linguagem. Ei-las com as respectivas definições. Mas vejamos primeiro, os elementos da comunicação:
• emissor - emite, codifica a mensagem
• receptor - recebe, decodifica a mensagem
• mensagem - conteúdo transmitido pelo emissor
• código - conjunto de signos usado na transmissão e recepção da mensagem
• referente - contexto relacionado a emissor e receptor
• canal - meio pelo qual circula a mensagem
Função fática
Centralizada no canal, tem como objetivo prolongar ou não o contato com o receptor, ou testar a eficiência do canal. Ocorre nas ligações telefônicas, saudações... nos testes em aparelhagem de som, por exemplo: ALÔ... ALÔ...SOM, SOM, SIM, SIM...JESSUS... JESUS. Já viram como o sonoplasta imposta a voz? Parece um Deus, um super-herói (todos olham para ele). Depois, ele se afasta e o verdadeiro artista dá o show (Isso é só uma piada para ilustrar o assunto)
Função referencial (ou denotativa)
Centralizada no referente, quando o emissor procura oferecer informações da realidade. Objetiva, direta, denotativa, prevalecendo a 3ª pessoa do singular. Linguagem usada nas notícias de jornal e livros científicos.
Função apelativa (ou conativa)
Centraliza-se no receptor; o emissor procura influenciar o comportamento do receptor. Como o emissor se dirige ao receptor, é comum o uso de tu e você, ou o nome da pessoa, além dos vocativos e imperativo. Usada nos discursos, sermões e propagandas que se dirigem diretamente ao consumidor. As propagandas são campeãs no uso da função apelativa. Bem elaboradas, atraem o ouvinte, um potencial consumidor. Lembram a propaganda de “Tostines”. “Tostines vendem mais porque não fresquinhos e ou são fresquinhos porque vendem mais?!”
Função poética
Centralizada na mensagem, revelando recursos imaginativos criados pelo emissor. Afetiva, sugestiva, conotativa... metafórica. Valoriza as palavras, suas combinações. É a linguagem figurada apresentada em obras literárias, letras de música...
Função metalingüística
Centralizada no código, usa a linguagem para falar dela mesma.(O código falando do próprio código). A poesia que fala da poesia, da sua função e do poeta...
Lembram de Olavo Bilac?
“Última flor do Lácio inculta e bela, eis ao mesmo tempo esplendor e sepultura... (Falava do Latim, uma língua morta, e mãe de tantas outras línguas vivas, por isso, esplendor e sepultura)
Créditos:
<http://www.graudez.com.br> Acesso em 08.04.10