Permissão
Amo essa liberdade desenfreada que possui a minha razão porque me permite escolher. E escolho todos os dias proteger a minha consciência do arrependimento. Para isso, procuro não agir por impulso, e como bomba de efeito retardado penso muito antes de esboçar reações desafiadoras. Mas quando decido, é porque tenho objetivos em mente. A partir daí, tudo o que ocorrer, será um risco calculado. Não há o que falar em perdas, mas ganho da integridade física, moral e espiritual. Tem sacrifício que não vale a patologia emocional. E todo sacrifício tem que valer o castigo, o esforço ou a abnegação. Para ralar meus joelhos, o santo deve ser muito forte, caso contrário, não rendo homenagem. Esse espírito livre não me permite curvar para qualquer um ou qualquer coisa, tem que merecer. Não importa o laço ou a constelação familiar, entretanto o respeito deve estar em relevo. Porque o ouro acaba, o poder é destituído, o amor mata e a admiração perde o brilho. Também não me comporto como mercadoria, não tenho preço. Sou única e exclusiva. Fiel e justa. Longe de mim ser perfeita, ainda bem, pois posso usar a liberdade de expressão para pontuar o que não me convém. Ninguém ouse roubar o direito de pensar e decidir conquistado com suor e sangue, de resto será permissão. Meu coração é enorme, minha bondade não tem rosto, o meu senso de justiça é aguerrido, mas nunca abuse de minha inteligência.