Atemporal Grito de Munch... (BVIW)

 

Enquanto a falta de respeito à vida caminhar de mãos dadas com a ganância e a impunidade, o lúgubre espelho da violência continuará refletindo rostos distorcidos e almas em desconstrução, qual àquela tela “O Grito” - uma série de quatro pinturas do artista norueguês Edvard Munch, realizadas em 1893.

 

A violência, seja física ou psicológica, apresenta-se explícita ou disfarçada em muitos lares, ruas e escolas... E sua face faz-se presente em tempo real nas telas-espelhos dos celulares e TVs. Sensações de angústia fazem parte da impotência que sentimos ao vermos, mesmo à distância, ‘botões de rosas’ serem aniquilados, sem ter a chance de desabrocharem, numa felicidade inocente, ao se olharem, sem a violência no espelho.

 

O som mudo do ‘grito de tintas’ ecoa em nossas gargantas diante das imagens contidas nas atrocidades das Guerras e guerras que acontecem no dia a dia, nas quais vidas, principalmente das crianças e adolescentes, são brutalmente ceifadas, como selfies trincadas, pinceladas com gotas de sangue...

 

. Crônica – Tema: Espelho da Violência

. Imagem: Google