VITÓRIAS QUE VIRAM DERROTAS
"Vitórias que Viram Derrotas"
(Vento Lusitano)
O tempo ensina ser uma assertiva afirmar que algumas referendadas vitórias, cedo ou tarde, podem se transformar em consistentes derrotas. O inverso também é verdadeiro.
A prova disso é que recentemente presenciamos “frases” proferidas por pessoas influentes em tom de comemorações, vitórias, que marcaram profundamente o brasileiro. Não tardou, as comemoradas vitórias se transformaram em consistentes derrotas. Desta feita, de tal forma, que não comporta mais alteração, mudança, eis que o tempo, encarregou-se de fazer a devida e justa correção. Como sabiamente diz o adágio popular: “o que não disse hoje posso dizer amanhã, no entanto, o que disse não posso desdizer amanhã”. A lição que fica é que se deve ter mais cuidado nas comemorações das vitórias do que nas reflexões das derrotas. As derrotas, por si só, são educativas, reflexivas. As vitorias, por sua vez, podem nos levar ao risco da soberba, e é justamente aí que repousa o perigo. Os Romanos já ensinavam muito a esse respeito. Quando havia comemorações pelas vitórias das grandes batalhas, das grandes conquistas, eles tomavam o cuidado para que a soberba não viesse a se sobrepor, pois todos são iguais e a tudo sujeito. Nos desfiles das comemorações, na carruagem do General Vencedor, um escravo de tempo em tempo, alertava o General que ele era humano como qualquer outro, portanto, sujeito a todas as consequências. Assim, estava dado o alerta para a soberba não se sobrepor.
A verdade é que o tempo não computa, não conta tempo, pois ele é o próprio tempo. Ele sendo o tempo, ele é em si a própria sabedoria, é o dono da razão.