“SEMPRE O DEFENDI” (Carla Zambelli)
Na terça-feira (25 de março de 2025) achei interessante uma declaração feita pela deputada Carla Zambelli, onde se mostrou traída pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, o qual a responsabilizou pela derrota nas eleições de 2022, em função de sua conduta em plena cidade de São Paulo onde ela perseguiu com uma pistola um apoiador do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e cujas imagens (e vídeo) foram mostradas nos telejornais e na mídia.
Bem, não quero entrar em detalhes quanto a este fato, mas opto em focar numa “questão do complexo universo mental humano”. Contudo, é preciso lembrar que a parlamentar é ré no Supremo Tribunal Federal (STF) por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento com emprego da mesma.
E no podcast Inteligência Limitada Bolsonaro disse: Aquela imagem, da forma com que foi usada, a Carla Zambelli perseguindo o cara. Aquilo teve gente falando: ‘Olha, o Bolsonaro defende o armamento’. Mesmo quem não votou no Lula, anulou o voto. A gente perdeu”.
Então, a verdade é que Zambelli se sentiu “desamparada” neste momento crítico e bastante delicado de sua vida, onde, talvez, acreditasse que ele – Jair Bolsonaro – a defenderia, quando, na verdade, não aconteceu.
E aqui eu anexo as palavras dela: “É trazer muito peso para minhas costas. É um peso muito grande. Sofro de depressão desde que ocorreu o fato. Passei por maus bocados. Acho que atribuir a derrota a mim é um peso muito grande”.
Mas as palavras que eu achei mais interessantes (e que estão em seu blog) foram: “Não é justo” e “sempre o defendi”.
Pois bem, estimado leitor, tomo a liberdade em lhe fazer uma “pergunta boba”: Será que no universo da “política” e na conquista pelo poder” existe isto que se chama de “amizade” ou “amigos”? Meu querido, é muita ingenuidade acreditar que exista. E aqui eu digo mais: No mundo da política não há nenhuma diferença com o que ocorre no espaço das milícias ou zonas de tráfico de drogas, sobretudo nas grandes metrópoles, onde nem a polícia tem poder algum sobre tais áreas. Digo isto no que se refere ao comportamento onde tanto milicianos quanto traficantes o querem [cada qual] é ser o “manda-chuva” da área, e não dividir seu poder com ninguém.
E várias vezes o presidente Bolsonaro se portou mais como um “miliciano” do que propriamente um presidente da República, onde várias vezes ele pronunciava aquela conhecida expressão: “Aqui quem manda dou eu”.
Tomo a liberdade de anexar algumas vezes em que assim disse:
- “O que eu fiquei sabendo. Se ele resolver mudar, vai ter que falar comigo. Quem manda sou eu… (Quero) deixar bem claro. Eu dou liberdade para os ministros todos. Mas quem manda sou eu”.
- “Pergunta para o ministro da Justiça, Sergio Moro. Já estava há três, quatro meses para sair o cara de lá. Quando vão nomear alguém, falam comigo. Eu tenho poder de veto ou vou ser um presidente banana. Agora cada um faz o que bem entende e tudo bem? Não”.
- "Quem demarca terra indígena sou eu! Não é ministro. Quem manda sou eu. Nessa questão, entre tantas outras. Eu sou um presidente que assume ônus e bônus."
E várias vezes ele disse a devida frase (como se fosse um mantra): “Quem manda aqui sou eu”. Prezado leitor, acabo de lembrar agora a resposta do filósofo Luiz Felipe Pondé dirigida ao presidente: “Bolsonaro, escute: na democracia não existem frases como ‘“quem manda aqui sou eu’”.
Bem, mas a verdade é que chega a ser infantil a pessoa de Carla Zambelli achar que poderia contar com o amparo do ex-presidente, Jair Bolsonaro, o qual ela (e milhões de brasileiros) tanto idolatrou (e ainda idolatra), a acreditar que ele seria uma espécie de deus. Sim, este é o salário dos que trocam o verdadeiro Deus por ídolos que não são capazes de salvar nem a si próprios.
E se ela achou que correndo atrás de um cidadão pelas ruas de São Paulo com uma arma de fogo nas mãos não lhe iria acontecer nada, talvez só se Bolsonaro tivesse sido reeleito (o que não aconteceu).
Em outras palavras, o que ela fez de sua vida (assim como muitos brasileiros os quais respondem por processos no STf) foi “dar aos cães o que é santo, ou jogar suas pérolas aos porcos” (Mateus 7:6).
Meu querido, é como eu disse e repito: No jogo do poder não há amizades nem amigos, é cada um por si, tais como cachorros brigando por um osso na rua. E isso não se vê só na política ou nas áreas de milícias e tráficos de drogas. Até em igrejas é comum ver isto. É triste, mas é verdade.
E outra coisa que eu gostaria de deixar bem claro: Ele – Jair Bolsonaro – provou muito bem que não se importa com a vida de ninguém , a não ser (e unicamente) com a dele. E tal se deu durante a Pandemia da COVID-19. Agora, achar que ele irá se mover de compaixão para tentar ajudar uma pessoa a qual em seu critério colaborou com sua derrota?! Ah! Tenha a santa paciência!
Resumindo: Carla Zambelli demorou muito para acordar, ao que foi muito ingênua, e está colhendo o que plantou. Mas agora, oh! não adianta chorar pelo leite derramado.
“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos” (1 João 5:21)
26 de março de 2025
IMAGENS: INTERNET