Ametista, tem pedra e não é Pedrita
Jurandir sempre que participa de excursões, me conta as ocorrências, pois sabe o prazer que tenho em escrever sobre as peripécias que acontecem nesses encontros.
Dessa vez o caminho escolhido foi Ametista do Sul, no Rio Grande do Sul.
Conhecida como a capital Mundial da Pedra Ametista, este recanto tem pouco mais de 3.500 moradores na área urbana.
Os habitantes têm uma simpatia exemplar, recebem os turistas com um sorriso nos lábios. Cada um dos que lá chegam sentem-se bem à vontade com a recepção dos moradores.
Jurandir, de agora em diante nominado como Jura, porque tudo o que me falou, ele jura que é verdade.
Os almoços foram feitos em restaurantes subterrâneos, localizados em minas desativadas. Jura elogiou muito o Restaurante Subterrâneo Garimpo. Temperatura ambiente agradável, cardápio excelente e decoração esplêndida.
Toda cidade turística que se preza tem o monumento com a mesma frase: Eu amo Ametista. A palavra amo, em muitas cidades, está substituída por um coração vermelho que ilustrará as fotos de milhares de pessoas.
Foram visitadas minas desativadas. Jura gostou mais da que dispunha de carrinho para transporte, pois as pernas já sentem o peso da idade.
Em todos os locais percorridos, havia lojas de comércio de pedra ametista, e também outros suvenires. Até na igreja havia comércio e Jura comprou uma imagem de São Gabriel de mais ou menos uns cinco centímetros, para presentear a esposa.
Jura pediu que eu não mencionasse a Pirâmide Esotérica, um local destinado a meditação e energização, pois ele não crê nessas coisas. Um local que ele não chegou nem perto por também ser incrédulo foi o Túnel do Rejuvenescimento. Falou que as pessoas que passaram por ele, ficaram de 5 a 10 minutos mais velhas.
As pedras degustativas foram saboreadas e eram recheadas com chocolates gostosos. Ele não perdeu a deixa. Quando a moça da demonstração perguntou se alguém já tinha provado pedra, ele respondeu:
- Já tomei sopa de pedra.
Ela acreditou e falou, séria:
- Quem já tomou sopa de pedra, agora vai se encantar mastigando pedras.
Jura, não se lembra o nome de uma mulher do grupo que contou algo inusitado para uma amiga.
- Anita, antes de vir para a excursão, a Laurinda quis saber o nome da cidade que iríamos conhecer. Eu esqueci e como lembrava que tinha ligação com pedras, disse que era Pedrita. Tenho que ligar para ela e falar que é Ametista do Sul.
Aconteceu algo que ele fez questão de me narrar. Reviu uma moça que daremos o nome de Eliane. Essa jovem, nem tão jovem de idade, aparenta bem menos do que tem. Estava acompanhada do marido Carlos e um amigo, o Gregório. Todos os três foram excelentes companhia durante todo o passeio.
Quando ele tinha uns 15 anos namorou a irmã dela, a Eliane. Agora é que começam as coincidências. Ele e a ex namorada têm três filhos homens. Ambos têm 3 netos, um homem e duas mulheres. Vai ser coincidência assim, lá para Ametista.
Para agradecer a Deus a alegria de fazer novos amigos ele foi à missa na linda Igreja Matriz São Gabriel. Sua vista registrou o batizado de 8 nenéns, 1 garoto de aproximadamente 9 anos e uma moça.
As lindas pinturas da igreja foram feitas pelos catarinenses, o senhor Valcir Santin e seu filho Fábio de Iraceminha.
Depois da missa, ele foi jantar com os amigos e a tábua pedida, continha tiras de salame, ovos de codorna, pedaços de pão, rodelas de cebola à milanesa, batata frita, polenta em pedaços, carne e pepino. Ninguém é de ferro, e os homens tomaram bastante cerveja. Na ida para o hotel, ele e Gregório, olharam para o céu e vislumbraram uma grande lua um tanto avermelhada e proferiram juntos:
- A lua vem surgindo
- Redonda feito um tamanco
Jura completou:
- Se você não quer casar comigo
- Porque emprestou a sua égua.
Todos caíram na gargalhada, felizes porque fizeram novos e bons amigos, além de um excelente passeio.
A empresa que proporcionou tal evento foi Cida Turismo. Comandado pela competente e agradável Cida e os motoristas exemplares Maicon e Marcos.
Aroldo Arão de Medeiros
19/03/2025