DINHEIRO & (IN)FELICIDADE
Francisco de Paula Melo Aguiar
O dinheiro é moeda de troca de bens e serviços lícitos e ilícitos também.
Quando o problema não for resolvido ao pé da letra é porque o dinheiro foi pouco.
Isto mesmo, só quem não leva em conta o dinheiro muito ou pouco é à morte.
Mas mesmo assim o dinheiro ainda serve para prestar homenagem a quem morreu, por exemplo, comprando flores, erguendo túmulo e pagando para celebrar culto "in memoriam" de quem não está mais ocupando espaço e fazendo sombra no mundo dos vivos.
Isto mesmo, porque à noite, algo análogo ao escuro da vida, até a sombra abandona o indivíduo santo e ou profano.
E o dinheiro para muita gente não compra a felicidade e ou infelicidade, isto da boca para fora, se bem que ele tem outras utilidades, tais como comprar ovos e café, já que à mesa farta em tempo de crises, falta quase tudo em nome da inflação galopante sobre os produtos da cesta básica de quem trabalha e ganha salário mínimo e não se descaminha da ética e dos bons costumes.
Sem dinheiro tudo vira vendaval porque ele não é Deus, porém, é a mola da resiliência de todos os regimes políticos e das religiosidades do mundo, ninguém quer fazer voto de pobreza perpétua, dizendo que não precisa dele, porque quem assim o faz, está pedido a todo instante em seus cultos, dinheiro para manter seus gastos em nome da fé que lhe mantém de pé, com pix e sem pix, então o dinheiro é o primeiro elemento da fé abaixo do divino de cada crença.
Em suma, o dinheiro que faz a felicidade e bem assim a infelicidade da humanidade santa e pecadora a cada instante fazendo a paz e a guerra em nome da ganância materialista que nunca enche, é o mesmo, isto mesmo, desde que o mundo é mundo, porque ninguém faz o voto perpétuo para deixar de comer e de beber, por exemplo...