Educação: Entre Havaianas e Geração Nutela

Educação: Entre Havaianas e Geração Nutela

A cada dia, torna-se mais difícil cumprir até mesmo as obrigações básicas no setor educacional. O que era exceção virou regra: a falta de respeito, a indisciplina e a completa ausência de limites cresceram a um nível assustador. Essa desordem emocional, que se espalha como efeito colateral de uma educação frouxa, compromete não apenas o ensino formal, mas também a educação que vem do berço.

Não sei como tem sido para você, mas, na mesa onde tomo meu café de quinze minutos, não se fala em outra coisa além do comportamento dos alunos. Faltam respeito, empatia e noções básicas de convivência.

Se você parar um instante para refletir, logo entenderá a origem dessa regressão. Não sei você, mas eu cresci conhecendo duas “ferramentas pedagógicas” que marcaram gerações: a boa e velha Havaianas e a resistente Espada de São Jorge. A primeira corrigia o comportamento com um simples estalar no ar. A segunda, bem posicionada no canto da sala, lembrava que os valores e os limites eram inegociáveis. E quer saber? Nenhuma delas causou trauma. Pelo contrário, ajudaram a formar cidadãos responsáveis.

E você, conheceu esses “remédios curativos”? Se sim, provavelmente hoje é uma pessoa íntegra, que respeita os outros e entende o valor do “sim” e do “não”. Mas se não, talvez seja daqueles que se ofendem com um olhar mais sério, que reclamam de tudo e se escondem atrás de um discurso vazio de direitos, sem nunca ter aprendido sobre deveres.

No fim, fica a questão: será que a sociedade de hoje está realmente mais livre e feliz, ou apenas mais perdida e insolente?

Lucimar Melo
Enviado por Lucimar Melo em 19/03/2025
Código do texto: T8289606
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