A EXPECTATIVA DO REENCONTRO
Prólogo
No próximo mês de abril, como faço todos os anos, irei fazer mais uma "prova de vida", me apresentando na Organização Militar a que estou vinculado para fins de proventos e disciplina.
Minha incorporação, ao Exército Brasileiro, aconteceu em 15/01/1968! O tempo é inexorável! E feliz é a criatura que pode dizer entre risos de felicidade e saúde plena: "Encontramo-nos, estamos vivos e ativos". – (Nota deste Autor).
O DESEJADO REENCONTRO
Nessa visita, ao 31° BI Mtz, sito em Campina Grande, PB, talvez eu reencontre companheiros de outrora, também na reserva remunerada, e torcerei para que isso ocorra. Ah, que sentimento único e especial!
Reencontrar companheiros de caserna, depois de mais de meio século, é como reviver memórias intensas e significativas, compartilhadas em um momento tão importante da vida.
Essas amizades são forjadas no cadinho da esperança e em situações desafiadoras, o que as tornam profundamente sólidas e duradouras.
Claro que alguns leais e disciplinados guerreiros já estão em outro plano astral, outros extremamente enfermos, mas isso faz parte da vida material como provação necessária à evolução espiritual.
AS HISTÓRIAS DA CASERNA SERÃO RELEMBRADAS
Quando dois ou mais companheiros de intenso labor se reencontram, é uma oportunidade ímpar de relembrar histórias, dar boas risadas, enaltecer valores e fortalecer os laços que, mesmo com o passar do tempo, continuam fortes.
Quando eu voltar do ansiado reencontro e algum amigo ou familiar me perguntar como estão os ânimos dos militares na caserna, responderei respeitoso, reafirmando minha discrição: “Está tudo como dantes no quartel de Abrantes”. (risos).
CONCLUSÃO
Na cultura militar, não existe propaganda nem discussão política sobre preferência de candidatos e partidos dentro dos quartéis.
Quando o cidadão coloca a farda e representa a instituição, ele tem um dever institucional e constitucional. Seu compromisso é único e exclusivamente com a Nação.
Sempre entendi que política não combina com as honrosas atribuições militares, cuja honra, integridade e instituições juramos defender com o sacrifício da própria vida.
Nós, autênticos legalistas militares, cultuamos a lealdade, a disciplina e a hierarquia de forma incondicional.
Creio que os tormentos, ora vivenciados por alguns líderes militares de outrora, estão sinalizando aos jovens de hoje que o caminho a ser trilhado é o da legalidade constitucional e SEMPRE APARTIDÁRIO (grifei).