SANTUÁRIO

Francisco de Paula Melo Aguiar

A casa é o santuário doméstico de cada pessoa que a transforma em lar, seja ela palacete e ou casebre perdido em qualquer comunidade imaginária.

É o santuário da infância, da vida adulta e do envelhecimento do corpo onde habita nossa alma que não envelhece.

É o maior presente e ou dádiva onde nascemos, crecemos e vivemos só, embora se tenha nossos familiares próximos; pais, mães, irmãos, esposos, esposas, filhos, netos, etc., em nosso entorno.

É em nosso santuário doméstico que vivemos a magia da solidão, uma vez que o que nos parecia solidão se confunde com liberdade porque o nosso eu nos domina para se saber onde de fato e de direito se quer chegar a cada momento existencial.

Isto mesmo, porque o desconforto do silêncio dominante para uns como um piscar de olhos , representa um lugar pacífico e ou luxuoso para outros.

É neste santuário doméstico onde assistimos em silêncio os cultos das religiosidades de nossos mundos santos e profanos diariamente pelos meios de comunicação de nosso tempo, também é o nosso refúgio para nossas reflexões sobre o que ouvimos nas notícias boas e ruins vindas das grande potências mundiais para manter caladas às pequenas e desarmadas nações no mundo das desigualdades sociais nacionais e internacionais.

Por outro lado é no santuário doméstico onde lemos livros sem interrupções, calados e em silêncio, onde em cada leitura bebemos o vinho do cálice da salvação e ou da perdição de nossos imaginários sonhos.

Em nosso santuário doméstico sem barulho e ou qualquer opinião contra e ou a favor tudo se completa sem a necessidade da validação in loco de opiniões santas e profanas.

O santuário doméstico é um lugar de paz profunda que está presente conosco mesmo sem fugas para impressionar e ou ser impressionado , como a perfeição que vem das redes sociais estagnadas, corrompidas e marginalizadas desde suas origens comprometidas em vender o real e entregar o irreal dos sonhos imaginários de quem de boa e ou má fé nelas acredita.

É este o filme sem novela de época para motivar comportamentos próximos passados nos mundos das fantasias de quem não tem onde descansar a cabeça com e ou sem inteligência artificial de nosso tempo, porque a felicidade vive e reina dentro de nós e não pelo simples fato de viver rodeados de pessoas fisicamente presentes e mentalmente distantes, sejam elas ricas e ou pobres.

FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR
Enviado por FRANCISCO DE PAULA MELO AGUIAR em 16/03/2025
Reeditado em 16/03/2025
Código do texto: T8286561
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