PRIMEIRA CASA DA MEG... 14h53min.

Os idosos via de regra vivem muito de suas lembranças, que não deixa de ser a vida em si, com coisas boas e outras nem tanto.

Do lado direito de onde moramos, hoje é um terreno baldio, mas, já teve duas casas de madeiras, bem simples, mas que foram demolidas. Já passou por vários proprietários, que compram o terreno, somente para aplicar o dinheiro, esperando um ganho futuro. Do lado, desde a muito tempo há uma casa de alto padrão. Do lado desta casa é vem a nossa história, neste terreno foi construído uma casa de padrão modesto, o proprietário, foi um dos pioneiros do bairro, pois este loteamento começou em 1950.

Durante muitos anos, - senhor Antenor – exerceu a profissão de guarda de presídio, que não deixa de ser uma profissão de risco, certa ocasião os presos se amotinaram, houve até troca de tiros, e um deles acertou a perna do mesmo, mas, felizmente socorrido a tempo, conseguiu se safar, e com sequelas tinha dificuldades para caminhar. Um dos filhos, construiu uma casa nos fundos da casa do pai e chegou a morar com a esposa, mas tarde fez um concurso para Prefeitura de Curitiba, passou, e foi designado para trabalhar numa das regionais da Prefeitura, no bairro do Boqueirão.

Com um ótimo salário, resolveu morar perto do local de trabalho, foi quando se mudou, foi quando sua irmã resolveu se mudar para a casa por ele construída...

Ai que entra a história da Meg. O seu pai já havia falecido, quando a família, resolveu venderem oi imóvel, e a dona da Meg, que na época tinha um pouco mais de um ano, no local que iria morar não poderia leva-la. Foi quando veio falar conosco, se não queríamos “adotá-la”. De imediato a aceitamos. Estava no vigor dos primeiros anos, sua dona trouxe seus brinquedinhos, e cartão de vacina, onde está escrito que tinha nascido em 25/10/04 e as datas das vacinas. Raça mestiça Poodle, “mesclada” marrom claro, com preto...

Depois de muito tempo o novo proprietário, resolveu demolir a casa do fundo, em que foi a primeira casa que a Meg morou. Nos primeiros meses que estava aqui, as vezes fugia e ia corrente até a casa da esquina, talvez se lembrasse que os seus primeiros dias foram ali... Devo, em breve recolocar no Recanto uma das homenagens que fiz a ela: OS ANIMAIS TAMBÉM SOFREM E NOS COM ELES, bem como os versos do saudoso amigo do Recanto ansilgus, fez em homenagem a ela: ADEUS QUERIDA MEG... 15h23min.

Curitiba, 27 de fevereiro de 2024 – Reflexões do Cotidiano – Saul

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Walmor Zimerman
Enviado por Walmor Zimerman em 05/03/2025
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