Bom para quem?
" E o motivo todo mundo já conhece
É que o de cima sobe e o de baixo desce”
Xibom Bombom - As meninas
Sou atéia, graças a Deus: guerra santa, fé racional, culpa inocente, grito do silêncio, intransigência religiosa.
No meu erro reside meu acerto: erro inteligente, mentira sincera, divórcio amigável, sexo seguro, presença ausente.
Foi sem querer, querendo: supérfluo essencial, espontaneidade calculada, boatos fidedignos, televisão educativa.
O mito é o nada do tudo: silêncio ensurdecedor, fardo leve, lúcida loucura, ilustre desconhecido, frio abrasador, foco amplo.
No meu sonho diviso meu pesadelo: ética flexível, luz negra, bruta flor, instante eterno, contentamento descontente, sossego inquieto.
Da derrota faço minha vitória: movimento apolítico, força de paz, revolução pacífica, ataque defensivo, Escola Superior de Guerra, ditadura democrática, valentia covarde, tácito tumulto.
Não o sei e sei-o bem: políticos competentes, honestidade petista, meias verdades, Conselho de Ética do Senado, silêncio eloquente, olhos escancaradamente fechados, obscura transparência, idéias cheias de nada, justiça parcial, liberdade vigiada, igualdade social desigual.
Deu na seção Dois Pontos da Época esta semana : André Xavier, sócio-diretor do Boston Consulting Group afirmou, com base numa pesquisa que mostra que 190 mil brasileiros têm mais de US$ 1 milhão aplicados, aumento de 46% em um ano : “ A concentração de riqueza no país é um fenômeno que está chamando a atenção dos bancos e dos gestores do mundo”
É confusão minha ou foi mesmo a concentração de riquezas que Lula defendeu nas campanhas eleitorais?
É impressão minha ou continuamos vivendo no País dos Oxímoros*?
* figura de retórica que harmoniza dois conceitos opostos numa só expressão, formando um terceiro conceito que depende da interpretação do leitor
escrito em outubro/07, revisto e atualizado em janeiro/08