Figuras Inesquecíveis da Minha Rua - III

Grande parte da minha infância, eu passei no casarão antigo, para mim muito saudoso, no 327 da Carlos de Campos. Nunca vou esquecer do senhor que morava em frente à nossa casa.

Certa vez ele me deu um brinquedo, que foi o primeiro presente que eu ganhei de uma pessoa que não era da minha família. Era uma bocha de madeira, furada no meio, com um eixo ligado a um cabo de vassoura, um novo eixo para cima com um catavento, que virava toda vez que eu impulsionava o cabo de vassoura. Um brinquedo muito interessante que eu tive por muito tempo.

Este senhor chamava-se Ernesto Segálio, chefe de uma grande e respeitável família. Moravam todos perto da casa grande, que era conhecida como a casa dos Cremonese, onde havia o único telefone da minha rua. Seus netos e netas eram todos meus amigos.

Eu, o Osvaldo, o Estevam, o Romildo, o Osmar e o Mané da dona Elsa, viramos muita corda para as suas primas e irmãs: Isabel, Zenaide, Neide, Clarisse, Lindamar, Marzinha, e outras que estavam surgindo, mas ainda eram muito pequenas.

Então, toda vez que eu escrever alguma coisa da minha vida, jamais poderei esquecer desta fase dourada, desta infância tão inocente e feliz, e também da sua generosidade. Sr. Ernesto, Muito Obrigado.

Laércio
Enviado por Laércio em 22/01/2008
Código do texto: T827668