Sem procurarmos muito, encontramos de pronto as desculpas necessárias que alimentam apenas as justificativas confortáveis. Não fomos a lugar algum, pois o tempo não ajudou, passou rápido demais. Não falamos o que deveríamos ter dito, pois não houve a pausa necessária e atravessar-se; nunca, não é educado e afinal, não era pra ser dito então. Fazer o mínimo diante daquela situação? Como? Não houve brecha, instante sequer para fazer o que tinha de ser feito. 
       Bombardeamos desculpas em pról do nosso próprio conforto psicológico. Fatalidade cruel. O essencial não foi feito, tornou-se mudo, mas assim mesmo fomos educados através do conformismo passivo, a sempre fazer apenas o necessário e não o ideal. 
       Fomos programados a ir, apenas, onde a fronteira nos permite, com o aval do limite que impusemos a nós mesmos. 
       Os que foram mais longe, inspirados por um ideal e guiados pela ousadia, ganharam mundo, o seu próprio mundo, chamado auto-conhecimento.