Brasileiro, quando no exterior, bebe cachaça e arruma confusão
O policial americano John Edgar (JE) Hoover (1895 – 1972) foi o primeiro diretor do FBI - Federal Bureau of Investigation permanecendo no cargo por 37 anos - até sua morte. E espionou quem quis colocando grampos (ideia dele) em todos os telefones (fixos) de políticos - senadores em especial. O grampo foi posto em até um orelhão próximo a um famoso bar frequentado pela elite de Washington DC.
E foi desse orelhão que ele ouviu um cidadão com leve sotaque estrangeiro dizendo a seu interlocutor que contaria a um grande jornal os segredos do chefão do FBI.
Desesperadamente JE convocou os agentes de sua estrema confiança Robert e William para, se fosse necessário, tirar o sujeito desse plano terrestre.
A tática era ficar de olho nos fregueses estrangeiros do bar e no orelhão.
A dupla tomou conhecimento pelo barmen que o primeiro suspeito havia bebido uísque escocês de alto valor. - Escocês? Descartado.
Segundo suspeito: russo. Havia consumido exageradamente vodca; terceiro: só Chopp - alemão; quarto: Tequila - mexicano; quinto: Gim - Inglês; sexto, Vinho - português; sétimo: Champanhe - francês; oitavo: Absinto - Suíço; nono: Fernet - argentino.
Todos descartados.
No 13° dia de investigação os agentes foram tomar café e ao retornar encontraram o automóvel (de trabalho) com dois pneus vazios. Por conta disso o deslocamento ficou atrasado por quatro horas. Ao voltarem à atividade, foram informados pelo barmen (já sabia com quem estava lidando, mas não o 'motivo') - que tinha novidades.
Um freguês falante havia tomado duas doses de cachaça (sem fazer cara feia) fabricada no estado brasileiro de Minas Gerais.
E trazia consigo uma pasta verde já amarelando pelo uso.
- Brasileiro...! Pode ser ele o nosso homem, disse Robert.
- Pode não! É ele. Respondeu o barmen.
- Como assim? - quis saber William.
- Quando pediu cachaça perguntei se era brasileiro, respondeu: ‘Claro’ e disse, sem que eu perguntasse, que é ele quem vocês procuram e que vai revelar a todos os jornais com quem o temido chefão do FBI divide a cama. E pior: Diz saber tudo sobre vocês dois. Sobre cama... também. E que não usará mais telefones públicos nesse país.