Amar sem compromisso
E quem precisa de migalhas quando a autossuficiência é um oceano de possibilidades? Ser amado é um desejo natural de todo indivíduo, mas não é por qualquer um, ou por quem não tem alma, que dirá um coração. Desejar a esmola quando a necessidade é o afeto parece degradante, pois não é saudável ser dependente das emoções. O amor é uma outra coisa. Não é uma moeda de troca, escambo ou compra casada. O amor é comparado à obra de arte que emerge do artista, e ninguém pode comprar o dom, mas apreciá-lo de uma forma ímpar. Essa natureza predatória do indivíduo de querer ter para destruir é surreal. Não sabendo ele que toda ação gera uma reação, e com o universo não é diferente, tudo o que é lançado, volta. Assim são as palavras e as coisas. O índice da maldade tem uma escala temporal, mas não é eterno. Você pode até tramar, reforçar e justificar o mal com base em suas impressões pessoais, entretanto, querer não é poder. Ainda que consiga arrancar uma, duas ou três lágrimas de alguém, a maldade não dura para sempre. É muito inteligente não tomar responsabilidade pelas ações do outro, é sobre ele, e o carma também é dele. Nesse aspecto, não é confortável ter um compromisso com as práticas negativas que repele o outro ou pior, destrói um sonho ou toda uma história. Melhor mesmo é amar sem compromisso, sem esperar nada por isso, doar o bem, distribuir educação e colecionar sorrisos.